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Calabresi: testemunhas atestam idoneidade de doméstica

TJGO - 21 de maio de 2008 - 08:21

As três testemunhas arroladas na ação penal que apura crime de tortura cometido contra a estudante Lucélia Rodrigues Silva, de 12 anos, disseram hoje (20) ao juiz José Carlos Duarte, da 7ª Vara Criminal de Goiânia, que não têm conhecimento de qualquer fato que possa desabonar a conduta da doméstica Vanice Maria Novais, que juntamente com a empresária Sílvia Calabresi, foi acusada do crime.

Primeira a falar, Sandra Maria Leite da Silva Vieira disse que conhece a acusada há cinco anos. Ela relatou que a doméstica chegou a morar em sua casa durante um ano, onde trabalhou como babá de seus filhos. “Ela fazia um bom trabalho, tinha bom relacionamento social e meus filhos nunca reclamaram de nada, inclusive a chamavam de tia”, relatou. Também ex-patroa de Vanice, Kátia Aguiar Maia Xavier informou que já foi vizinha de Sílvia e chegou a conhecer uma garota chamada Hanna, que residia com a empresária. “Lembro-me que Sílvia maltratava Hanna e, em determinada oportunidade, eu e Vanice, que na época trabalhava para ela, a denunciamos ao Conselho Tutelar”, contou.

Ainda de acordo com Kátia, houve outra garota, chamada Vânia, que também foi vítima de maus-tratos por parte de Sílvia. “Eu a ajudei a fugir da cidade, aproveitando uma ocasião em que a empresária havia viajado”, comentou, afirmando que, após deixar de trabalhar para Sílvia, Vanice passou a morar em sua residência e a cuidar de seus filhos, desempenhando bom trabalho. Ela disse que não sabe porque Vanice voltou a morar com Sílvia. Diretora da escola onde o filho caçula de Sílvia estuda, Jeannette Cristina Aller Moreira, por sua vez, disse que conhece Sílvia e Vanice apenas superficialmente.

Além de tortura, a empresária e doméstica são acusadas de maus-tratos e cárcere privado cometidos contra Lucélia, enquanto Marco Antônio Calabresi e Tiago Calabresi, marido e filho da empresária, de omissão a tortura. A mãe biológica da estudante, Joana D´Ar da Silva foi denunciada sob acusação de ter entregue sua filha a Sílvia em troca de dinheiro mas, seguindo decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), José Carlos determinou que os autos sejam encaminhados ao Ministério Público (MP) para que examine a conveniência e oportunidade de propor a suspensão condicional do processo em relação a ela. (Patrícia Papini)

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