A implantação de um novo modelo tecnológico nos terminais eletrônicos das casas lotéricas brasileiras, realizada pela Caixa Econômica Federal, continua trazendo problemas para os usuários do Estado. Os novos equipamentos instalados apresentam falhas no sistema de comunicação, comprometendo o recebimento de contas de água, luz, telefone, boletos e jogos das loterias, por exemplo.

Segundo o superintendente em exercício da Caixa Econômica Federal, Paulo Antunes de Siqueira, a troca do sistema de informática usado para as operações nas lotéricas passa por mudanças desde fevereiro, mas tem apresentado lentidão desde junho nas lotéricas de Mato Grosso do Sul. Para ele, são problemas normais presentes em qualquer mudança. “Estamos trocando de pneu enquanto o carro anda e não tinha como ser feito de maneira diferente”, afirmou.

Siqueira disse que as mudanças foram adotadas pela Caixa para, após esse período de transição, dar mais agilidade ao sistema, reduzindo o tempo de resposta nas transações. Além disso, a troca da tecnologia para esse sistema nacional será mais barato para a Caixa. “O tempo de resposta em cada transação vai diminuir muito. Do momento em que a informação é teclada até a emissão do recibo, o tempo é de, em média, de 12 a 15 segundos. Parece pouco, mas esse tempo vai ser reduzido para metade”, afirmou. “É como trocar uma máquina de escrever por um computador”.

O superintendente em exercício disse ainda que a partir do próximo dia 12 a população irá sentir uma melhoria significativa no sistema. “Estamos quase do outro lado. Podemos ter algum problema eventual no software, mas não mais como está acontecendo hoje”, disse. Ainda conforme Siqueira, apesar da lentidão, as operações feitas pelas lotéricas em julho aumentaram 4%. Ele afirmou ainda que para os proprietários de casas lotéricas que aleguem prejuízo com a redução de operações em decorrência das mudanças, a Caixa tem um plano de compensação.