A apuração foi deflagrada no começo deste mês após denúncias da ex-funcionária da sub-secretaria de Comunicação no governo Zeca, Ivanete Leite Martins, que confirmou, em depoimento na semana passada, a existência de esquema para beneficiar empresas e pessoas na distribuição dos recursos para publicidade da administração estadual.

Dado o tamanho da apuração, foram designiados quatro promotores para o caso: Marcos Sottoriva, que coordena as investigações, Gilberto Robalinho da Silva, Marcos Fernandes Sisti e Silvio Amaral Nogueira de Lima.
Ontem, eles estiveram com o governador André Puccinelli, e pediram acesso a documentos que possam esclarecer as denúncias. Além de documentos do Executivo, vão avaliar mais de 10 mil páginas das prestações de contas do governo passaado feitas ao TCE (Tribunal de Contas do Estado);

Beneficiados - Conforme as apurações já feitas, a partir das declarações de Ivanete, seriam pelo menos 100 beneficiários, que recebiam entre 5% e 10% de comissão “por fora” sobre os gastos de publicidade, o que configuraria a existência de caixa 2 na administração petista. O esquema teria a participação de dezenas de pessoas físicas e jurídicas. A investigação tem duas frentes: um inquérito civil e um procedimento de investigação criminal.

Uma das peças principais é uma gravação em dvd, de posse dos promotores, contendo declarações de lvanete ao jornal Diário do Pantanal, do empresário Adair Martins. Na gravação, ela descreve como eram os gastos no governo passado na área de publicidade. A suspeita é de que eram fabricados documentos falsos de execução de mídia e feitas notas fiscais irregulares para justificar desvios de dinheiro público. O esquema teria participação de agências de publicidade e de pessoas dentro da Casa Civil.