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Caixa 2 do PT pode vir do exterior, diz Delcídio

03 de outubro de 2005 - 13:54

Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada na edição desta segunda-feira, o senador petista Delcídio Amaral, presidente da CPI dos Correios, declarou que o dinheiro do caixa dois do PT pode vir de contas no exterior. Para ele, está cada vez mais claro que os empréstimos tomados por Marcos Valério e supostamente repassados ao partido não passam de fachada.

"Você tem várias movimentações [financeiras]. Como o Marcos Valério pegando esses empréstimos --entre aspas, porque a cada dia nós nos convencemos mais de que essas operações de empréstimos são de fachada", disse Delcídio.

Na opinião do presidente da CPI, a ação poderia servir para repatriar dinheiro. "Você poderia ter contas lá fora e os empréstimos seriam de fachada, empréstimos de você para você mesmo", afirmou o senador.

Na versão apresentada por Delúbio Soares e pelo próprio Valério, ele teria tomado empréstimos de cerca de R$ 55 milhões junto aos Bancos Rural e BMG e os repassado ao PT, em operação avalizada pelo então presidente do partido José Genoino. Supostamente, os recursos seriam utilizados para pagar despesas da campanha de 2002 do partido e da base aliada, que não haviam sido contabilizadas.

Um dos indícios para a CPI desconfiar da versão dos empréstimos é que eles sequer estavam registrados na contabilidade da SMP&B, a agência de propaganda que Valério usou para obter o crédito.

Para Delcídio, a operação de fachada poderia ser explicada em diversas situações, como empresas que desejassem fazer doações de campanha não registradas na Justiça Eleitoral. Essa empresa contrataria os serviços da SMP&B, repassaria os recursos superfaturados --por serviços apenas teóricos--, que precisariam voltar para o PT.

"Exemplo: uma empresa privada contrata serviço para pesquisar a "birimbela da grampola". Um assunto subjetivo, você não sabe bem o quê, é difícil de mensurar. Com isso, você cria as condições necessárias para ajustar os recursos àquilo que você pretende fazer", disse Delcídio.

Folha Online

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