Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Terça, 23 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Cafeicultores têm recursos garantidos em 2006, diz Lula

Luciana Vasconcelos / ABr - 25 de setembro de 2005 - 10:05

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que 70% do café colhido no mundo vêm de propriedades com menos de 10 hectares espalhadas por 60 países e reúnem mais de 25 milhões de pessoas. No Brasil, o café garante uma receita nacional de US$ 2 bilhões e ocupa 8,4 milhões de pessoas. Os cafezais estendem-se por 2,7 milhões de hectares, divididos entre 300 mil produtores em 14 estados.

Segundo Lula, o governo já liberou para a cafeicultura R$ 1,259 bilhão para o financiamento, o custeio e a comercialização do café em 2005 e garantiu que o apoio continuará a ser mantido no próximo ano. "De forma que os cafeicultores não ficarão à mercê das urgências, do sobe e desce das bolsas, conseguindo com isso negociar seu produto pelos preços mais justos", destacou Lula, que participou esta manhã da 2ª Conferência Mundial do Café, em Salvador.

Ele lembrou que o Brasil é o maior produtor mundial de café e caminha para ser o maior consumidor do produto, lugar ocupado hoje pelos Estados Unidos. Segundo ele, o café é a segunda mais importante mercadoria do planeta, atrás apenas do petróleo. No entanto, ele afirmou que a produção do café, diferentemente do combustível, agrega um imenso contingente de pequenos agricultores.

Lua também disse que a reordenação do mercado internacional para o produto "é um capítulo da luta por um comércio mundial mais justo". De acordo com ele, é preciso construir as bases políticas para uma partilha de lucros mais justa e um esforço para garantir a milhares de agricultores melhor qualidade para o produto e para a vida de quem produz.

"Vivemos uma travessia em busca de um maior alinhamento mundial entre a oferta e a demanda, que assegura um novo ciclo de recuperação dos preços. Não podemos, todavia, nos iludir. O desequilíbrio estrutural do mercado se arrasta por quase um século. Uma nova dinâmica favorável aos produtores somente irá se consolidar quando forem corrigidas as assimetrias internas de um negócio que movimenta mais de US$ 90 bilhões por ano", apontou.

SIGA-NOS NO Google News