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Geral

C-Bond chega a 100,25% do seu valor de face

Mylena Fiori/ABr - 08 de janeiro de 2004 - 15:48

O C-Bond, principal título da dívida brasileira no exterior, subiu mais 0,75%, chegando a 100,25% do seu valor de face nesta quinta-feira. É a primeira vez na história que o título supera o seu valor integral.

Em outubro de 2002, logo após as eleições presidenciais, o C-Bond era negociado a 49% do seu valor de face. Já o risco-país chegou a 1446 pontos-básicos no começo de 2003.

De acordo com o coordenador da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, as empresas brasileiras deverão ter mais
facilidade para negociar a rolagem das suas dívidas neste momento. Afirmou, também, que as decisões sobre novas captações devem acompanhar o bom-humor dos investidores com o Brasil. "Talvez as empresas esperem um pouco para ver se o risco-país diminui ainda mais", explicou o economista.

Saiba mais sobre o C-Bond

Seu cupom, ou taxa de juros, é de 8% ao ano. Mas seu valor real está estritamente ligado ao deságio. Em 2002, por exemplo, chegou a valer 45% de seu valor nominal. Um dos períodos em que esteve mais em alta foi em 1997, antes da crise asiática. Valia 87,5% de seu valor de face.

Quando chega a 100%, como agora, é negociado sem deságio no mercado secundário, ou seja, na revenda. O resultado atual demonstra segurança do investidor internacional no título brasileiro. Desse modo, há a perspectiva de que o governo está plenamente apto a honrar seus compromisso, quitando dívidas contraídas a partir desses títulos. Segundo as regras de emissão do C-Bond, o Banco Central tem a opção de recomprar esse papel. No entanto, pode trocar esses títulos ou emitir ainda mais papéis, o que é mais comum em períodos de confiança no cupom brasileiro.

Bovespa

A Bovespa opera em alta de 0,39%, com o Ibovespa em 23.411. O dólar comercial é negociado em baixa de 0,13%, cotado a R$ 2,8540 para compra e R$ 2,8560 para a venda. O risco-país, influenciado pela valorização do C-Bond, apresenta queda de 2,85%. Está no patamar de 409 pontos.

Com informações da Confederação Nacional da Indústria

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