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Buratti deverá depor nesta quinta-feira

Agência Senado - 25 de agosto de 2005 - 08:46

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), encaminhou ofício ao advogado Rogério Tadeu Buratti, convocando-o para prestar novo depoimento nesta quinta-feira (25), às 11h30. Buratti não compareceu para depor pela segunda vez, como estava previsto, nesta quarta-feira (24), alegando problemas de saúde. Caso não atenda a essa nova convocação, a CPI poderá solicitar à Polícia Federal que conduza Buratti ao plenário da comissão.

Os membros da CPI resolveram tornar a convocar Buratti depois que ele acusou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de ter recebido R$ 50 mil mensais de propina da empresa coletora de lixo Leão&Leão, quando era prefeito de Ribeirão Preto (SP). As denúncias foram prestadas ao Ministério Público Estadual de São Paulo.

Também deverá prestar depoimento nesta quinta-feira o advogado Denivaldo Henrique Almeida Araújo, membro do PT, que teria mantido intensa comunicação com Rogério Buratti e Enrico Gianelli, apontado como o principal intermediário no suposto processo de contratação de Buratti pela Gtech para facilitar a renovação de contrato com a Caixa Econômica Federal.

Em virtude de Rogério Buratti não ter comparecido para depor nesta quarta-feira, a CPI dos Bingos aproveitou o tempo que estava reservado ao depoimento para realizar cruzamento de informações das várias quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico que se encontram na comissão para serem analisadas.

Com auxílio de técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Banco Central (BC), os integrantes da CPI centraram as suas atenções nas movimentações bancárias - saques e depósitos - de Rogério Buratti, acusado de ter cobrado da multinacional Gtech propina de R$ 6 milhões para a renovação de contrato entre a empresa e a Caixa Econômica Federal, em abril de 2003, supostamente a mando de Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República. O contrato, no valor de R$ 260 milhões anuais, tinha por objetivo gerenciar todo o sistema de informática e de tecnologia das loterias federais.

Além das informações sobre as contas de Rogério Buratti e de Waldomiro Diniz, a CPI está analisando também dados referentes à quebra dos sigilos bancários do empresário de jogos Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira; do ex-assessor especial da Casa Civil e ex-secretário nacional de Comunicação do PT Marcelo Sereno; do ex-secretário nacional de Segurança, no início do atual governo, Luiz Eduardo Soares; e de diretores da Gtech, como Antônio Carlos Lino da Rocha e Marcelo José Rovai, entre outros.

As informações sobre os sigilos bancários quebrados chegam quase que diariamente à CPI. Os pedido são dirigidos ao Banco Central e a instituições creditícias espalhadas por todo país.

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