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Bruna Girotto: "Para os íntimos, o Gui"

Bruna Colagiovanni Girotto - 08 de outubro de 2008 - 08:38

Quando comento de alguém que gosto muito, por ser do meu sangue ou um amigo, sempre escuto a frase: “Ah, mas você é suspeita em falar isso”. É claro que quando esta pessoa é o meu irmão, a possibilidade de as pessoas confiarem na isenção do que estou falando, diminui drasticamente.

Mas não ligo. Porque assim como o Guilherme defendeu com unhas e dentes o meu pai, para aqueles que viam em sua imagem, algo prejudicial à campanha dele, eu defendo o meu irmão. Para os íntimos, o Gui.

Fiquei sabendo na Páscoa deste ano que o Gui iria candidatar-se a prefeito de Cassilândia. Como a maioria da população, fui surpreendida pela notícia. A primeira coisa que me veio à mente foi: “Nunca imaginei que o Gui se enveredaria para a política, de corpo e alma”.

Em seguida pensei que ele sempre foi centrado em suas decisões, e se ele fez isso, existia um propósito para tal. Desde o início de sua maratona política, meu irmão percorreu cada rua dessa cidade. Quando encontrava a casa fechada, deixava um papel escrito que havia passado e pedia ao morador, que votasse nele.

Pude acompanhar sua caminhada em um dia que fui para Cassilândia, no final de julho. As crianças e as moças eram as que mais faziam festa. Até me questionei se sua imagem não o prejudicaria: é bonito, é novo, é simpático, beija e abraça todo mundo, dá atenção. Mas pensei em seguida: esse é o Gui, como encenar um político malévolo, se assim ele não é? Então, se for ganhar, ganhe na raça e, principalmente, mostre quem você é de verdade!

E com o passar do tempo, a sua aceitação em Cassilândia foi aumentando. Era possível ver carros e casas com seu adesivo, comícios com mais de mil pessoas, crianças pedindo colo e autógrafo, pessoas tirando foto e dizendo: “estou com você”. E assim, o meu irmão, o Gui, passou a ser o candidato a prefeito Guilherme Girotto, sempre ao lado do seu vice, Silvio.

Acompanhei o final da campanha do meu irmão de Campo Grande. Era eu quem elaborava as peças eleitorais de representação, contestação ou recursos eleitorais de sua Coligação. Era eu quem via o quanto o meu irmão havia crescido, e estava incomodando à oposição.

Quanto mais ele crescia, mais aumentava a demanda jurídica: era direito de resposta, era representação eleitoral. Tudo com a intenção de enfraquecê-lo. Mas, isso não aconteceu. Ele cresceu, e muito.

Mas na política, nem tudo são flores. Dizem que justificar a perda é não aceitar a realidade do que foi jogado. Não há justificativas, os eleitores escolheram quem achavam melhor como Administrador. Mas, até agora, uma pesquisa duvidosa não desceu pela minha garganta.

Pude analisar essa pesquisa, folha por folha. E ver, diante dos meus olhos, que a candidatura do seu irmão foi perturbada por uma avaliação incorreta da realidade, era lastimável.

Não posso negar, que o candidato Carlinhos do TRR cresceu na popularidade, porque fez uma boa campanha política. Mas, ao mesmo tempo, não posso negar ainda, que o meu irmão perdeu, por causa dessa pesquisa.

Mas como disse, nada de justificativa. O que existe, é um agradecimento. Agradeço, a todos que acreditaram que o Guilherme poderia mudar a política de Cassilândia. Agradeço às 1.764 pessoas que votaram e não se renderam ao resultado de uma pesquisa questionável, do início ao fim. Agradeço a quem acreditou na ordem e no progresso.

E por fim, agradeço a você, Gui, por sacudir a poeira na política de Cassilândia. Por ser ético, estar preparado, e ter moral suficiente para discutir sobre os problemas da cidade. Por não baixar a cabeça, por ter orgulho e aprender que, quem perdeu dia 05 de outubro foi Cassilândia, e não você.

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