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Geral

Bronquiolite no bebê

BabyCenter Brasil - 12 de julho de 2016 - 09:00

Com sintomas iniciais semelhantes aos do resfriado, a bronquiolite pode evoluir rapidamente em algumas crianças para complicações respiratórias sérias.

Entenda melhor a doença e saiba quando procurar ajuda médica imediatamente.

Meu filho está com bronquiolite. É grave?
Em bebês menores de seis meses a bronquiolite pode ser bastante perigosa e precisa de acompanhamento e tratamento o quanto antes.

A bronquiolite decorre de uma inflamação das pequenas vias aéreas dos pulmões (bronquíolos), provocada por um vírus e agravada pelo acúmulo de muco. Isso dificulta a passagem do ar, causando sintomas parecidos com os da asma.

Uma das causas da doença é um vírus chamado sincicial respiratório (VSR), que também pode provocar infecções de ouvido, laringite e até pneumonia.

E esse não é o único vírus que pode causar bronquiolite: o rinovírus (do resfriado comum), o adenovírus, o influenza (da gripe) e outros também provocam a doença.

Pesquisas indicam que bebês infectados por esse vírus podem ficar mais suscetíveis à asma e a outros problemas respiratórios no futuro, mas a relação não foi completamente estabelecida.

Geralmente, a bronquiolite começa com sintomas de resfriado, e para muitas crianças o vírus acaba não tendo maior impacto do que isso.

Para outras, no entanto, sintomas mais leves, como nariz escorrendo, tosse e febre baixa, acabam se agravando e levando a dificuldades para respirar e, às vezes, chiado no peito. Muitos bebês também ficam irritados e inapetentes.
Há bebês que correm mais risco com a bronquiolite que outros?
Entre as crianças que estão mais vulneráveis a desenvolver uma insuficiência respiratória mais séria por causa do vírus da bronquiolite estão os bebês nascidos prematuros, os nascidos com problemas cardíacos ou pulmonares e aqueles com deficiências no sistema imunológico.

Nestes casos, a bronquiolite pode ser extremamente grave e deve ser tratada o quanto antes, no hospital.
O que fazer se meu filho estiver com o vírus?
Assim como os resfriados comuns, não há fórmula mágica ou única para tratar a bronquiolite, mas há medidas simples para deixar o bebê menos desconfortável:

Dê uma boa quantidade de líquidos para mantê-lo hidratado (se ele ainda mamar no peito, amamente com frequência).

Eleve a cabeceira do berço ou da cama colocando uma toalha ou cobertor dobrado entre o estrado e o colchão (não use travesseiros no berço). Ou experimente colocar o bebê para dormir na cadeirinha do carro (se tiver aquelas do tipo que são facilmente retiráveis) ou bebê conforto. A elevação da cabeça facilita a respiração quando o nariz está entupido.

Inalações com soro fisiológico podem ajudar o bebê a eliminar o catarro das vias aéreas. Peça orientações ao seu médico.

Se o pediatra recomendar, dependendo do clima de sua cidade, use um umidificador no quarto para umedecer as vias aéreas da criança e facilitar a respiração. Certifique-se de seguir as instruções de limpeza do fabricante, porque um aparelho sujo só vai servir para espalhar germes pelo ar.

Mantenha seu filho longe de fumaça de cigarros, tinta fresca, madeira ou lenha queimada, agentes que podem dificultar ainda mais a respiração. A exposição à fumaça de tabaco deixa a criança mais suscetível a um quadro sério de bronquiolite ou a outros vírus respiratórios.

Se o bebê tem menos de 6 meses, converse com o médico para saber se pode dar algum analgésico para diminuir o incômodo físico. Se ele já tiver mais que 6 meses, veja com seu médico qual é a dose correta do medicamento contra a dor.

Atenção: Não dê remédios para resfriado por conta própria. Eles podem até parecer ajudar no curto prazo, mas, na verdade, têm potencial para agravar a situação, além de apresentarem efeitos colaterais graves.

Especialistas alertam para que crianças menores de 2 anos nunca tomem remédios para resfriado, a menos que seja prescrito pelo médico, e os próprios laboratórios farmacêuticos dizem que é preciso cuidado especial com esse tipo de remédio para crianças de menos de 4 anos.

Conheça outros cuidados ao dar remédios para crianças
Como diferenciar bronquiolite de resfriado?
Os sinais para ficar de olho são sintomas leves de resfriado que ficam mais pronunciados dias depois, como tosse e dificuldade para respirar. Se seu filho corre mais risco de ter complicações ou se você está na dúvida, o mais sensato é procurar um médico.

Esteja atenta aos seguintes sinais de problemas respiratórios e contate o pediatra imediatamente:

Narinas mais abertas e grande expansão da caixa torácica a cada respirada

Pele repuxada ou esticada demais entre as costelas, acima da clavícula ou abaixo da caixa torácica

Contração dos músculos abdominais ao respirar (este e os dois sintomas anteriores configuram o chamado desconforto respiratório. A criança precisa usar demais a musculatura para conseguir respirar)

Chiado com um som de apito ao respirar

Tosse

Falta de apetite

Lábios e unhas azulados

Há como prevenir a bronquiolite?
O vírus é transmitido através de contato físico, ou seja, circula facilmente em ambientes fechados, berçários, escritórios e até dentro de casa. Ele pode sobreviver por seis horas, então a boa higiene é fundamental para combatê-lo.

Lave suas mãos e a das crianças com frequência, e não tenha vergonha de pedir às visitas para que façam o mesmo antes de segurar o bebê.

Não tenha o hábito de compartilhar copos ou talheres com seu filho ou mesmo entre as crianças da família. Um irmão mais velho com sintomas de resfriado pode transmitir o vírus para o bebê.

Muitos médicos recomendam ainda que os bebês tomem a vacina da gripe anualmente, já a partir dos 6 meses de idade. A vacina tem sido fornecida todos os anos pelos postos de saúde para crianças pequenas.

No caso de prematuros ou bebês mais vulneráveis à doença, como crianças com problemas no coração ou doenças pulmonares, o pediatra pode receitar alguns medicamentos feitos com anticorpos sintetizados em laboratório, que protegem contra um dos vírus que causam a bronquiolite, o VSR.

Mas é um tratamento extremamente caro, feito com injeções mensais durante os cinco meses de maior incidência do vírus, e fica reservado apenas para casos especiais.

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