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Briga de casal 'Fiz o disparo sem mirar no corpo dele', diz tenente-coronel

Midiamax - 14 de julho de 2016 - 20:20

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Em depoimento na 7ª delegacia da Polícia Civil, a tenente-coronel da Polícia Militar,Itamara Romeira, que matou com um tiro o morte do marido, o major Valdenir Lopes Pereira, de 47 anos, disse que não mirou no companheiro no momento em que fez efetuou o disparo, endossando a tese da defesa que alega legítima defesa. A mulher foi ouvida na tarde desta quinta-feira (14) pelo delegado Cláudio Zotto, responsável pelas investigações.

De acordo com o advogado José Roberto Rosa que faz a defesa de Itamara, em depoimento, a tenente-coronel disse que a discussão entre o casal começou porque, de última hora, o major teria desistido da viagem em família. “Eles iriam para Maceió, mas no último momento ele desistiu e não explicou as razões”, disse.

Iniciada a discussão, a mulher disse ao delegado que o marido começou a agredi-la, e que chegou a derrubá-la no chão. Quando conseguiu se livrar das agressões, Itamara teria corrido até um dos quartos da residência onde estava o revólver utilizado no crime, enquanto Valdenir teria ido até o carro, estacionado na varanda, também para pegar sua arma que estava guardada no automóvel.

“Quando pegou a arma ela não pensou, não mirou e fez o disparo que acabou acertando o marido”, explica o advogado.

O advogado lembra que no momento os dois estavam sozinhos na residência, já que a filha do casal, uma adolescente de 13 anos, estava na casa da avó se despedindo para fazer a viagem para Maceió com os pais.

Itamara também contou ao delegado que desde 2009 o casamento não estava bem, porém, as agressões físicas teriam começado em 2014. No esclarecimento prestado a tenente-coronel falou que só não havia terminado o relacionamento ainda porque pensava na filha.

“Existiam relatos dentro da corporação da PM das agressões que ela sofria. Vamos verificar se há algo documentado ou era apenas diseres verbais”, conclui o delegado.

A tenente-coronel está presa em uma sala especial do Presídio Militar. No local não há mulheres presas e Itamara é vigiada por policiais mulheres. A defesa disse que nesta sexta-feira (15) vai entrar com um pedido na justiça para que o pedido de prisão preventiva seja revogado.

Relembre o caso
O crime aconteceu na residência do casal, na Avenida Brasil Central no Bairro Santo Antônio. Segundo a polícia, os dois militares teriam se desentendido e durante a briga a tenete-coronel da Polícia Militar efetuou dois disparos contra do marido, um deles atingiu o tórax da vítima. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encaminhou o major para Santa Casa.

Depois do crime, a policial permaneceu dentro da residência ameaçando cometer suicídio. Familiares de Itamara, a advogada e o comandante do 1º BPM (Batalhão da Polícia Militar), major Ajala, foram até o local e conseguiram negociar para que ela se entregasse.

Para colegas de trabalho dos policiais, o caso surpreendeu, já que o casal era tranquilo. Itamara, que estava lotada no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, foi descrita pelos amigos como uma esposa amorosa.

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