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Brasileiros usam web para encontrar vagas no exterior

Campo Grande News - 12 de março de 2009 - 10:26

Ao invés de arriscar todas as economias e a própria vida em aventuras perigosas e contra a lei, cada vez mais brasileiros estão procurando alternativas no mercado de trabalho internacional com ajuda da internet. Além da novidade que o uso de websites especializados representa, mudou também o destino mais procurado. Segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (9) pela M/Brazil, agência de intercâmbios remunerados, países menos conhecidos, como Dubai e Nova Zelândia, são os locais que mais têm oferecido oportunidades legalizadas.
“Foi-se o tempo em que milhares de brasileiros se aventuravam no exterior, muitas vezes arriscando as próprias vidas em busca do “American Dream”. O sonho americano de ganhar dinheiro de forma rápida e retornar ao país de origem não mudou, mas o que os imigrantes não querem mais é transformar esse sonho em pesadelo. Agora, em vez de se entregarem nas mãos de Coyotes, entrando em países de forma ilegal, burlando barreiras, escondendo-se ou muitas vezes atravessando fronteiras a nado, como é o caso dos Estados Unidos e Espanha, os brasileiros preferem buscar uma opção mais segura e responsável”, explica Marcelo Toledo, diretor presidente da M/Brazil.

Toledo conta que aproveitar os recursos multimídia da internet através de sites especializados em intercâmbios remunerados diminui o tempo de busca por uma vaga, otimiza os custos e elimina os riscos que as aventuras fora-da-lei oferecem. “Somente nossa agência já ajudou mais de cinco mil brasileiros que trabalham em diversos países com visto de trabalho, e atuando em áreas ligadas à formação que têm no Brasil”, diz.

Destino - O estudo mostra que o destino procurado pelos imigrantes também mudou. Países como Estados Unidos, Espanha, Portugal e Japão que dominaram o recrutamento de brasileiros nos últimos 20 anos estão perdendo espaço para novos roteiros como Canadá, Dubai, nos Emirados Árabes, e Nova Zelândia. Entre os fatores que fazem desses países atrativos é que eles conseguiram se manter longe da crise internacional que atingiu diretamente Estados Unidos, Europa e Japão. Mas é qualidade de vida também e a segurança aliado ao visto e trabalho legalizado, que fazem desses destinos superiores aos demais.

Perfil - O levantamento indica que o perfil dos imigrantes concentra nas classes B e C, principalmente homens e mulheres entre 25 e 35 anos, cuja mão-de-obra é voltada, sobretudo, para o setor hoteleiro, com contratos entre seis e 12 meses e remuneração de encher os olhos até em tempos de crise financeira internacional.

A pesquisa mostra que 80% da demanda são voltados para atividades em bares, hotéis e restaurantes; os 20% restantes estão distribuídos em funções como baby sitter e até mesmo na colheita de frutas.

Segundo Marcelo Toledo, diretor geral da M/Brazil, o que vai determinar a função, o rendimento e o prazo do contrato de trabalho é, prioritariamente, a experiência profissional do interessado na vaga."Na Nova Zelândia, por exemplo, há uma grande procura por pessoas jovens para trabalhar na colheita de frutas, já que o país é exportador de kiwi, e não há exigência da língua inglesa. O trabalho é das 7h às 16h, seis dias por semana, e ganhos de, pelo menos, U$500 semanais. Para Dubai, já há uma grande procura por profissionais com nível intermediário de inglês; lá, o forte são os hotéis", explica.

Por onde começar – Para utilizar os recursos da internet na hora de encontrar uma colocação no mercado de trabalho fora do Brasil, o ponto de partida devem ser os sites das agencias especializadas em intercâmbios profissionais remunerados. Em geral essas empresas listam as oportunidades e oferecem cadastros para serem preenchidos online. Toledo destaca a importância de procurar agências sérias, reconhecidas e estabelecidas no mercado.

Outra dica interessante é visitar sites com conteúdos específicos sobre os países em que as vagas desejadas são oferecidas. Conhecer a cultura local, os hábitos e as diferenças é crucial para o êxito da experiência profissional em nações diferentes de onde o candidato vive. Para isso, geralmente uma visita ao Google e uma busca pelo nome do país resolve.

Finalmente, a dica mais comum e quase óbvia para quem pretender sair do Brasil em busca de oportunidade financeira e profissional. O idioma é grande ferramenta. Embora geralmente as vagas oferecidas não exijam dos candidatos fluência imediata no idioma local, ter um mínimo de compreensão do inglês diminui muito as dificuldades.

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