Em matéria exibida essa semana no Bom dia Brasil da rede Globo foi mostrado um estudo inédito, informando que os brasileiros estão cada vez mais usando a bicicleta para ir ao trabalho.

O estudo da ONG Transporte Ativo entrevistou cerca de 5 mil ciclistas em mais de 10 cidades. Os entrevistados tem os seguintes perfis idade entre 25 e 44 anos e remuneração em torno de 1 a 2 salários mínimos, os ciclistas entrevistados também informaram que pedalam 5 dias ou mais por semana para ir ao trabalho.

O principal motivo para os ciclistas utilizarem esse meio de transporte é a rapidez e a praticidade no que se refere ao tempo que se perde nos engarrafamentos nas grandes cidades. O que mais incomoda os ciclistas hoje nas grandes cidades é a falta de estrutura, ou seja, muitos buracos e o desrespeito das pessoas que utilizam veículos motorizados no trânsito, além de bloqueio da ciclovias por parte de estacionamento de veículos e colocação de lixo e materiais em locais inadequados. Metade da amostra entrevistada informou que se houvesse um número maior de ciclovias nas grandes metrópoles brasileiras utilizariam mais suas bicicletas.

Em Salvador, foi criado em 2013, pelo atual prefeito ACM Neto o projeto de sustentabilidade “Salvador Vai de Bike” também conhecido como “Bike Salvador” executado através de Termo de Concessão de Uso pela Serttel em parceria com o banco Itaú. Salvador possui mais de 35 postos com compartilhadas e cedidas para a comunidade.

Nesse movimento é contemplado sete eixos estratégicos:

Estações públicas de compartilhamento de bicicletas;

Ampliação e requalificação de infraestrutura cicloviária da cidade;

Conscientização, educação, capacitação e atividades permanentes Pró-Bike;

Circuitos de lazer, turismo e cultura(ciclofaixas);

Políticas públicas;

Desenvolvimento econômico e comunitário;

Eventos ciclísticos, competições esportivas ligadas ao setor.

Contudo, apesar de ter sido uma excelente iniciativa, o movimento ainda tem muito a crescer, pois estes postos não cobrem toda a região soteropolitana, principalmente a periferia. Acredito também que empresas devam apoiar esse movimento adequando uma infraestrutura para aquele trabalhador que adota um estilo de vida saudável e que colabora com a preservação do meio ambiente.