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Brasileiro trabalhou os 148 dias só para pagar impostos

Bruno Bocchini /ABr - 28 de maio de 2008 - 07:47

São Paulo - O contribuinte brasileiro trabalhou em 2008 até o dia de ontem (27) somente para pagar os impostos, taxas e contribuições exigidos pelos governos municipais, estaduais e federal. Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), indicam que dos 148 dias trabalhados neste ano só para pagar os tributos, 84 são provenientes de impostos sobre o consumo; 54, sobre a renda; e 11, sobre o patrimônio.

O estudo mostra que, na década de 70, o contribuinte tinha de trabalhar, em média, 76 dias para pagar os tributos. Depois, na década de 80, foram necessários 77 dias e na década de 90, 102 dias. Em 2007, o contribuinte trabalhou 146 dias para pagar todos os tributos e em 2006, 145.

De acordo com o IBPT, os cidadãos da Suécia têm de trabalhar 185 dias por ano para pagar seus tributos; os da França, 149; os da Argentina, 97; e os do México, 91.

No Estudo Sobre o Verdadeiro Custo da Tributação Brasileira, o instituto alega que o sistema de cálculo da carga tributária brasileira esconde o real impacto dos tributos no preço final de mercadorias e serviços.

De acordo com o documento, a alíquota nominal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICM), por exemplo, que é de 18%, resulta em uma alíquota efetiva de 21,95% sobre o custo da mercadoria. Isso porque, segundo o IBPT, a técnica de incidência de impostos no Brasil inclui o tributo em sua própria base de cálculo. Ou seja, os impostos no país incidem sobre o preço final do produto ao consumidor (já acrescido de impostos), e não sobre o valor do produto (não acrescido dos impostos).

Hoje, a Associação Comercial de São Paulo inaugurou o novo “impostômetro”, localizado na fachada de sua sede, na região central da cidade. No painel eletrônico, foram incluídas casas decimais dos trilhões de reais. De acordo com a associação, o dispositivo mostra em tempo real a valor dos tributos pagos no país desde o início do ano. A estimativa da entidade é de que, no dia 22 de dezembro, o “impostômetro” atinja a marca de R$ 1 trilhão.



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