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Brasileira morre em confronto no Líbano

Da Agência Brasil - 19 de junho de 2008 - 16:47

Uma professora brasileira foi morta terça-feira (17) no leste do Líbano, durante confrontos entre militantes do Hezbollah e partidários pró-governo no Vale do Bekaa. A informação foi dada pelo site da BBC Brasil. Segundo informações da polícia local, Samira Mahmoud Mazloum estava na sacada de seu apartamento quando foi atingida por um tiro. Não se sabe de quem partiu o disparo, mas moradores dizem que a culpa é do Hezbollah e seu aliado, o partido Amal.

Segundo o primo da vítima, Abdo Nadi, também brasileiro, a professora tinha quatro filhos – dois deles ainda moram no Brasil. "Foi uma tragédia o que aconteceu, ela não tinha nada a ver com as brigas políticas", disse Nadi.

A brasileira morava em Barelias, uma cidade de maioria sunita, mas dividida entre partidários do governo e da oposição, inclusive militantes do Hezbollah e do Amal.

Os combates entre oposicionistas e governistas começaram ainda durante a madrugada e duraram até as primeiras horas da manhã. Além da brasileira, duas pessoas foram mortas e mais quatro ficaram feridas.

"Nós temos vivido sob um clima de medo e tensão constantes", afirmou Nadi. "Vários pequenos incidentes vêm ocorrendo, e não temos garantias de que o Exército vai nos proteger."

Nas últimas três semanas, vários confrontos armados foram registrados no Vale do Bekaa e em Beirute, o que exigiu ações do Exército e das forças de segurança. Na capital libanesa, quase diariamente ocorrem incidentes entre as facções políticas rivais. Por isso, o recém-eleito presidente Michel Suleiman determinou que as forças de segurança internas e o Exército coloquem tropas e veículos blindados para patrulhar as ruas e conter as tensões.

Desde a assinatura, no mês passado, do Acordo de Doha, que pôs fim a violentos conflitos que resultaram na morte de 65 pessoas e 200 feridos, somente a eleição do presidente Suleiman foi cumprida.

A maioria parlamentar apontou o primeiro-ministro Fouad Siniora para mais um mandato, com a missão de formar um novo gabinete. Mas, nas últimas semanas, as duas facções políticas não conseguiram chegar a um acordo sobre quais ministérios cada lado deve ganhar e quais devem ficar para o presidente.

A oposição, liderada pelo partido xiita Hezbollah, quer ministérios importantes, como os de Relações Exteriores, Defesa e Finanças, o que é rejeitado pelos governistas. Com a demora na formação do governo e a alta nos preços de alimentos e combustíveis, o descontentamento e as trocas de acusações entre militantes de ambos os lados voltaram a crescer.

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