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Geral

Brasil x EUA: o que aprender com o varejo de cada país

Marcelo Murin - 21 de janeiro de 2014 - 08:04

Período de férias é sempre bom viajar um pouco, e quando posso ir ao exterior aproveito para visitar o varejo, afinal quem trabalha com isso não consegue se livrar totalmente nem na folga, não é mesmo?

Acabo de retornar de uma breve passagem pelos Estados Unidos, que são conhecidos como a “Meca” do consumo mundial, e sempre que tenho a oportunidade de visitar o varejo americano me surpreendo de forma positiva e negativa ao mesmo tempo.

Sim, temos muito a aprender com eles sem dúvida alguma, mas também existem coisas que já aprendemos muito bem (com os americanos inclusive), e atualmente me arrisco a dizer que podemos contribuir muito, e por que não até ensiná-los com relação a ações no PDV...

Obviamente, o volume de conceitos, estratégias e táticas aplicadas no varejo americano em comparação com o brasileiro, são muito maiores e mais comuns, onde se pode perceber que já fazem parte da cultura do negócio, no dia a dia do varejo. Podemos citar exemplos como treinamento no atendimento, padronização de lojas, uniformidade e diversidade de sortimento, além de promoções através de cupons.

A comparação é absolutamente injusta, pois estamos falando de um mercado totalmente maduro contra outro em absoluto desenvolvimento. Os EUA possui cinco varejistas entre os TOP 10 mundiais e o primeiro varejista brasileiro aparece apenas na 34º posição. Sem falar nas diferenças regionais dentro do Brasil, pois a referência neste caso são os grandes centros.

No entanto, ao visitar algumas lojas tanto de categorias específicas quanto nas mais genéricas, percebi que talvez o amadurecimento do mercado tenha trazido uma certa acomodação versus a inquietação de um mercado em desenvolvimento onde a criatividade e vontade de fazer diferente imperam - pois o nível de atividades e ações nos PDV´s estão muito mais intensas aqui no Brasil.

Além disso, acredito que apesar de o pessoal ser muito bem treinado nos EUA, temos uma maior quantidade de mão de obra no Brasil trabalhando nas lojas, o que contribui bastante para uma execução mais bem realizada nos PDV´s, além de termos uma melhor gestão dos estoques nas gôndolas.

Claro que estou me referindo a um período específico do ano, mas esta visão tem sido recorrente em todas as minhas visitas aos EUA, e coincidência ou não, também é a opinião de alguns colegas do mercado, com os quais tenho conversado ao longo de minha trajetória.

De toda forma, tendo a oportunidade, é importante poder visitar o varejo norte americano e entender o que está sendo realizado de diferente por lá, pois certamente o consumidor brasileiro acabará importando esta “necessidade”, e se você, varejista, puder se antecipar a isso e trouxer para sua loja este benefício com antecipação, sairá na frente de sua concorrência.

Mas lembre-se que o shopper age de forma diferente em cada país e região, e suas particularidades devem ser entendidas e respeitadas. É preciso pesquisar as tendências, mas principalmente saber adaptá-las à realidade local.

Marcelo Murin é administrador de empresas com especialização em marketing e sócio-diretor da SOLLO Direto ao Ponto

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