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Brasil vira contra Rússia e vai à semifinal invicto

12 de novembro de 2006 - 06:23

Osaka (Japão) - Na primeira “decisão” do Campeonato Mundial feminino de vôlei, a seleção brasileira se saiu muito bem. No clássico contra a Rússia, a equipe comandada por José Roberto Guimarães fez uma de suas melhores apresentações até agora e venceu de virada, por 3 a 1, parciais de 27/29, 25/14, 27/25 e 25/22, em 1h40, em jogo marcado pelo alto nível e pela rivalidade.
O triunfo foi nada menos que o nono seguido no Mundial e manteve o país como o único invicto. Mais do que isso, ganhou o confronto contra a outra líder – e até então também sem derrotas – e terminou o grupo F na primeira posição, com pontuação máxima (14). Agora, vai à semifinal contra o segundo colocado do grupo E, provavelmente a Sérvia e Montenegro.

Já a Rússia, que perdeu a invencibilidade neste domingo, ficou em segundo lugar e pega na semifinal a primeira da outra chave, com grande possibilidade de ser a Itália. Todas as equipes classificadas ganham folga nesta segunda e terça-feira e só voltam à quadra na quarta, novamente em Osaka. A final acontece no domingo.

Ao contrário do que era previsto – e do que os próprios treinadores chegaram a cogitar -, ambas seleções entraram em quadra com suas formações titulares. A única ausência foi mesmo da atacante russa Sokolova, uma das principais jogadoras do país. Ela sofreu contusão muscular na partida do sábado, contra os EUA, e foi poupada.

Pelo lado brasileiro, Zé Roberto pôs em quadra a força máxima e teve como principal destaque a oposto Sheilla, com atuação brilhante no ataque. As meio-de-rede Fabiana e Walewska também estiveram impecáveis no bloqueio. O saque forçado foi fundamental para dificultar a defesa russa, que mais uma vez dependeu das bolas altas de Gamova e Godina.

O duelo apresentou equilíbrio e somente o segundo set destoou, com grande desempenho das brasileiras. No quarto, uma provocação exagerada de Merkulova em bloqueio resultou em princípio de confusão, com Fabiana indo para cima e fazendo gestos obscenos para as rivais na saída para o tempo técnico.

E foi com seguidas trocas de liderança que o jogo começou. A Rússia saiu na frente com Godina, a melhor sacadora do torneio, abrindo boa passagem em 4 a 1. O Brasil recuperou terreno, empatou e travou boa disputa até o 8 a 7. As rivais então abriram, mas perderam espaço novamente e viram as brasileiras chegarem com força a 21 a 19, após dois bloqueios seguidos.

A seleção brasileira não soube aproveitar a frente e permitiu que as adversárias passassem em 24 a 23, com set point. A partir daí iniciou-se uma longa disputa, com a equipe de Zé Roberto apenas se defendendo e evitando a derrota. No entanto, na quinta oportunidade, Sheilla errou um ataque e a Rússia fechou em 29 a 27, com Godina como maior destaque (nove pontos).

A derrota apertada não tirou o ânimo das brasileiras. Pelo contrário, a reação foi imediata, com avanço de 5 a 1, após boa seqüência de Sassá no serviço. A vantagem a partir daí só cresceu, passando a 11 a 4 e chegando a dez no segundo tempo técnico (16 a 6). Com ace de Fofão e bloqueio de Fabiana foi a 14 (20 a 6) e s ó não terminou ainda mais arrasador após pequeno descuido. No final, show e 25 a 14.

Mais animado, o grupo seguiu forte na terceira parcial, com 8 a 6. Sheilla manteve o alto nível e virava praticamente todas. Além disso, conseguiu ótima série de saques (seis seguidos) para abrir 10 a 6. A Rússia se recuperou e ainda passou à frente, mas o Brasil voltou a jogar bem e chegou a ter 22 a 19.

Assim como o primeiro set, porém, as russas equilibraram e o jogo ganhou em emoção. Foram as européias que tiveram o primeiro set point, em 24 a 23, mas a vantagem caiu logo para o Brasil após bloqueio de Fabiana. Com 26 a 25, novo bloqueio de Fabiana pôs números finais: 27 a 25 e 2 sets a 1 de vantagem.

O quarto set também foi emocionante e equilibrado, mas com a equipe nacional sempre à frente. A vantagem chegou a 11 a 7 e poderia ter ficado em 16 a 13, não fosse uma decisão polêmica da arbitragem, que irritou Zé Roberto. O técnico reclamou intensamente e levou o cartão amarelo, fazendo com o que o duelo ficasse empatado em 15 a 15.

Logo em seguida, Merkulova bloqueou Fabiana e provocou de frente, levando o time brasileiro à loucura. As jogadoras foram para cima e por pouco não brigaram. Fabiana saiu irritada, fazendo gestos às adversárias, mas o jogo seguiu. E seguiu bem para nossas jogadoras. Mais calmas, elas retomaram a ponta no 20 a 19 e se mantiveram bem. Mari conseguiu seu primeiro ponto e Fabiana fechou com jogada no meio.

Por: Gazeta Esportiva

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