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Brasil tenta voltar à elite do basquete frente Argentina

Gazeta Esportiva - 01 de setembro de 2007 - 08:56

O ala Oscar ainda estava em quadra na última em que o basquete masculino do Brasil jogou uma Olimpíada. O ano era 1996 e a cidade Atlanta, nos Estados Unidos. A derrota para a Grécia por 91 a 72 rendeu ao time nacional a sexta colocação no torneio. Em quadra, jogadores como Pipoka, Ratto e Janjão nem imaginavam, mas ainda demoraria muito para a equipe nacional voltar a disputar uma Olimpíada. Desde então, já foram disputadas duas edições dos Jogos Olímpicos.

Coincidência ou não, em ambas as oportunidades a medalha de ouro ficou com os maiores rivais do Brasil na América: em 2000, os Estados Unidos subiram ao ponto mais alto do pódio, enquanto em Atenas, a Argentina fez história ao ficar com o título. Os jogadores brasileiros, entretanto, acompanharam tudo de casa. Isso porque nas duas últimas vezes em que o Pré-Olímpico foi disputado, o basquete nacional deu vexame.

Em 1999, acabou com a sexta colocação, uma melhor do que o obtido em 2003. Desta vez, o Brasil já está entre os quatro melhores em Las Vegas, mas isso de nada vai valer se a Argentina não for derrotada neste sábado, às 17 horas (de Brasília), com transmissão pela Sportv2, ESPN Brasil, BrandSports e TV Esporte Interativo. De acordo com as regras do torneio, os dois melhores colocados na competição garantem vaga automaticamente nas Olimpíadas de Pequim. Ou seja, a verdadeira final deste Pré-Olímpico é a semifinal. “Estou muito feliz por termos chegado até aqui e poder decidir a vaga para os Jogos Olímpicos. Com certeza, será o jogo da nossa vida e vamos fazer de tudo para ganhar a partida”, afirmou o pivô Nenê Hilário.

Por divergências com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Nenê, primeiro brasileiro a atuar na NBA, não entrava em quadra pela seleção desde 2003. Resolveu este ano voltar, em busca da vaga olímpica. Ao lado de Leandrinho, eleito o melhor reserva da liga norte-americana na última temporada, ele é uma das estrelas da equipe e esperança da torcida por uma vitória sobre a Argentina. Apesar de não estar jogando com força máxima, os argentinos já venceram o Brasil no torneio por 86 a 79, em partida válida pela terceira rodada da segunda fase.

Em jogo emocionante, os comandados de Lula Ferreira chegaram a ter 17 pontos de vantagem. Porém, permitiu a reação do adversário e, no final do jogo, chegou ao empate. Faltando poucos segundos para o encerramento, o Brasil tinha a posse de bola, mas Leandrinho tentou, sem sucesso, fazer uma cesta de três. Na prorrogação, a Argentina foi mortal: 86 a 79. Os jogadores, entretanto, prometem que a história não vai mais se repetir. “Sábado é o jogo da nossa vida e cada um de nós vai entrar com muito mais determinação, pois queremos a vaga olímpica. É o meu sonho disputar uma Olimpíada e temos todas as condições de chegar”, comentou o ala/armador Marcelinho.

O técnico Lula também fala com confiança. “Teremos um dia de descanso para recuperar, treinar e analisar a melhor forma de enfrentar o adversário da semifinal. Chegamos da melhor maneira possível e agora é uma vitória e a vaga para a Olimpíada”, assegura. Porém, se no discurso tudo é um mar de rosas, o mesmo não se pode dizer do clima no time, que vem sendo sacudido por polêmicas nos últimos dias. O problema ficou claro com a inesperada derrota para Porto Rico, na última segunda-feira.

Os jogadores se reuniram depois da partida para conversar e, segundo o jornal O Estado de São Paulo, ficou evidente a existência de dois grupos no time, o de Nenê e o de Guilherme. Irritados com a notícia, Guilherme e Marcelinho Huertas cobraram reparação da repórter, em discussão que envolveu até Lula Ferreira. Mesmo assim, o grupo de recuperou e escapou do confronto contra os Estados Unidos ao vencer o Uruguai nesta quinta-feira. Porém, a ESPN Brasil divulgou imagens onde o armador Nezinho se recusa a atender um pedido da comissão técnica para entrar em quadra.

Como se não bastasse, o ala Marquinhos – cortado do grupo após se contundir contra Porto Rico – revelou ao voltar ao Brasil que Lula não tem mais nenhuma autoridade sobre os jogadores, que o consideram “fraco” e estariam assumindo o comando do time. Tudo isso, entretanto, pode ser ao menos minimizado em caso de uma vitória sobre a Argentina neste sábado. Ou piorado, em caso de novo fracasso.

Caso não consiga a vaga neste Pré-Olímpico, o Brasil terá outra oportunidade de garantir vaga em Pequim no Pré-Olímpico mundial, a ser disputado em julho de 2008 e que garante outras três vagas. Porém, a concorrência nesta competição promete ser muito forte, de forma que a grande chance verde-amarela é neste sábado .Na outra semifinal do Pré-Olímpico das Américas, programada para às 20 horas (de Brasília) os favoritos norte-americanos encaram Porto Rico.

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