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Brasil se prepara para missão espacial em março

Cecília Jorge/ABr - 22 de janeiro de 2006 - 10:14

A Agência Espacial Brasileira (AEB) corre contra o tempo para preparar as experiências que serão levadas ao espaço pelo astronauta brasileiro Marcos César Pontes. O gerente da primeira missão brasileira à Estação Espacial Internacional, Raimundo Mussi, da AEB, afirmou em entrevista à Agência Brasil que serão apenas cerca de quatro meses desde a assinatura do contrato com a agência espacial russa, Roscosmos, até o lançamento da nave russa Soyuz, previsto para 22 de março.

Mussi contou que integrantes da Nasa, agência espacial norte-americana, chegaram a falar que ele e sua equipe eram nuts (malucos, em inglês) ao saberem do tempo disponível para preparar a viagem. "Passamos a ter quatro a cinco meses para preparar experimentos que normalmente demoram dois anos para serem preparados", disse.

Para contornar a falta de tempo, Mussi explicou que os experimentos foram selecionados entre projetos que já tinham sido apresentados para participar de vôos suborbitais, para serem realizados em foguetes de sondagem que ficam apenas oito minutos, aproximadamente, no espaço. São foguetes do Programa Microgravidade da AEB.

Segundo Mussi, foram escolhidas as pesquisas que mais se beneficiarão com a disponibilidade maior de tempo na estação espacial. São sete experimentos de bioquímica, transferência de calor e reações químicas de moléculas, entre outros.

Também serão feitos dois experimentos escolares: um sobre crescimento vegetal e outro sobre absorção de clorofila. O objetivo das experiências escolares, segundo Mussi, é estimular o interesse dos estudantes pela pesquisa espacial.

Na próxima semana, os materiais e equipamentos serão pesados. Caso o peso exceda o limite de 15 quilos, Mussi não descarta a possibilidade de o número de experimentos ser reduzido. "Talvez a gente fale para os pesquisadores se virarem para diminuir o peso do experimento", acrescentou.

Marcos César Pontes será responsável pela execução dos estudos. "Vamos nos preparar porque para fazer experimentos em microgravidade se precisa de uma técnica, e que não é fácil porque aqui você chega e mexe no seu experimento e lá no máximo você dá instruções [ao astronauta]", explicou Mussi. O astronauta passará por um treinamento de uma semana para saber como realizar cada um dos experimentos.

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