A Seleção Brasileira Sub-20, a única invicta do Sul-Americano Sub-20, se reabilitou na competição, depois de dois empates no hexagonal final, ao vencer o líder Uruguai por 3 a 1 nesta terça-feira no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção.

O time dirigido pelo técnico Nélson Rodrigues deu, além da boa exibição coletiva, uma prova de determinação e capacidade de reação no jogo que era decisivo para as pretensões da Seleção Brasileira no Sul-Americano.

O Brasil chegou aos cinco pontos ganhos, o mesmo número de pontos de Chile e Argentina, mas ocupa pelo saldo de gols a terceira colocação, atrás do Chile, em segundo, e à frente da Argentina, em quarto. O Uruguai, apesar da derrota, segue liderando o hexagonal final com seis pontos ganhos.

Na quinta-feira, em Assunção, o Brasil enfrenta o Paraguai, às 23 horas de Brasília. Uruguai x Chile (às 18h50) e Colômbia x Argentina (às 20h50) completam a quarta rodada do hexagonal final.

Uma vitória merecida com boa exibição de todo o time

Jogando com personalidade, e também com raça, a Seleção Brasileira Sub-20 teve no atacante Alexandre o destaque individual em uma partida em que os demais jogadores tiveram boa atuação. A defesa esteve segura, principalmente no primeiro tempo, o goleiro Cássio defendeu pênalti, Lucas mostrou a garra e a liderança habituais no meio-campo, e na frente Alexandre desequilibrou marcando gol e criando outras tantas jogadas de habilidade e muita técnica.

A vitória do Brasil, portanto, foi resultado do melhor futebol sobre um adversário que vinha sendo o destaque da competição, tanto que permanece na liderança do hexagonal final. O Uruguai lutou muito, mas não teve como conter a superioridade brasileira na sua melhor partida no Sul-Americano.

O zagueiro David, que substituiu Thiago Heleno, suspenso, fez 1 a 0, aos 16 minutos, aproveitando-se de um rebote na pequena área.

Aos 32 minutos, depois de ótimo cruzamento de Tchô, Alexandre acertou uma cabeçada para fazer 2 a 0. Isso depois de ter feito uma excelente jogada, em que driblou três zagueiros, até ser puxado pela camisa dentro da área, em pênalti que o juiz não assinalou.

Sete minutos depois, Alexandre cruzou com precisão e o zagueiro Kagelmacher, ao tentar se antecipar, marcou contra, para pôr os 3 a 0 no placar com que se encerrou o primeiro tempo.

No segundo tempo, a Seleção Brasileira diminuiu um pouco a pressão que exercia sobre o adversário. O que permitiu ao Uruguai esboçar uma reação, que resultou em um pênalti, cobrado por Cavani aos 16 minutos, que o goleiro Cássio defendeu.

O Brasil ainda poderia ter aumentado, tivesse acertado o último passe, e acabou cedendo espaço ao adversário, que diminuiu aos 36 minutos, em jogada individual de Cavani. O técnico Nélson Rodrigues teve que fazer substituições, devido a contusões, e o Brasil, mesmo sem repetir a atuação do primeiro tempo, chegou ao final do jogo com uma merecida e importante vitória.