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Brasil precisa padronizar a produção de carnes

Famasul Noticías - 09 de novembro de 2004 - 13:31

Duas décadas atrás, a falta de padronização dos cortes das carnes bovinas exportados praticamente tirou a Austrália do comércio internacional. Apenas com a solução do problema, aquele país voltou ao mercado, tornando-se atualmente o segundo maior exportador mundial, com mais de 60% da produção voltada para o exterior.

“É fato. Em 1986, o grande número de reclamações de produtos fora de padrão fez com que a Austrália deixasse de atender o mercado externo”, confirma Ian King, presidente da Aus Meat, principal certificadora de processos e produtos agropecuários da Austrália e responsável pela padronização de cortes de carnes e carcaça bovina adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“Na década de 80, a Austrália enfrentou muitos problemas com clientes devido à distância entre os países compradores, inviabilizando as devoluções dos produtos fora de padrão, problemas nas relações comerciais e até a perda de mercados”, explica King, também vice-presidente do Comitê de Padronização da Carne das Organizações das Nações Unidas (ONU).

Diante desse cenário, em 1987, a própria indústria australiana deu início ao processo de padronização de cortes de carne e carcaças. Com isso, em três anos reduziu-se significativamente o número de reclamações dos clientes com produtos fora de padrão. Hoje, apesar de o rebanho bovino australiano estar praticamente estável e até ter diminuído no último ano (passando de 27 milhões para 26,6 milhões de cabeças) devido a sucessivas secas, a produção de carne bovina aumenta ano após ano. Da mesma forma, evolui o valor por tonelada no mercado internacional. Ou seja, a carne australiana está cada vez mais valorizada.

No Brasil, a padronização dos cortes avança. Ian King concorda que o País tem melhorado seu sistema de padronização de carne bovina de olho no mercado internacional. Mas há um longo caminho pela frente.

Foi pensando nesse desafio que a Brasil Certificação, uma das principais empresas de rastreabilidade e certificação animal do País, firmou parceria com a Aus-Meat, tornando-se responsável pela adaptação e implementação dos sistemas de certificação da empresa australiana à realidade e condições brasileiras.

“A parceria já coloca à disposição da cadeia da produção de carne bovina no Brasil três serviços diferenciados certificados pela Aus-Meat voltados à certificação dos processos de abate e processamento de carne (frigoríficos), produção de animais a pasto (fazendas) e produção de animais em regime intensivo (confinamento)”, informa Alexandre Martins, diretor executivo da Brasil Certificação.

O destaque é para o serviço que certifica frigoríficos, o programa Aus Meat Language para o qual a Brasil Certificação já fechou contrato com o frigorífico Mata Boi (MG). O programa Aus Meat Language certifica as indústrias, envolvendo a padronização dos códigos e parâmetros técnicos utilizados na produção de carne.

“Esse serviço permite que produtos sejam comercializados pelos frigoríficos certificados Aus-Meat de acordo com as especificações determinadas. Fazem parte dos procedimentos a implementação de sistemas de certificação e auditagem dos padrões definidos, conversão das intenções de padronização e qualidade do setor em prática, treinamento dos envolvidos e sua capacitação para implementar e manter o sistema e monitoramento da implementação e garantia do bom funcionamento dos processos nas empresas que utilizam o serviço, entre outros”, esclarece Alexandre.

“A experiência da Austrália pode, sem dúvida, ajudar o Brasil a valorizar sua carne no exterior e a atender as exigências do mercado consumidor. Toda a cadeia produtiva é beneficiada com a padronização”, completa o diretor da Brasil Certificação.

Mais informações: www.brasilcertificacao.com.br ou telefone (11) 3061-1366


Autor:
Divulgação

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