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Brasil é o líder no cinema digital, diz jornal dos EUA

Agência Brasil - 05 de fevereiro de 2004 - 16:09

O Brasil está na vanguarda do cinema digital. E, com planos de ter cem cinemas totalmente digitais até maio. Logo será o líder mundial no setor. É o que noticia na edição dessa quarta-feira o jornal norte-americano Christian Science Monitor, em meio a comentários sobre os avanços brasileiros no cinema digital.

Segundo o jornal, o marco histórico nesse avanço foi em outubro último quando o filme brasileiro “Os Normais” foi apresentado em cinemas de São Paulo, com software digital desenvolvido por uma empresa brasileira, a Rain Networks.

“Foi um evento importante. Ficou comprovado que nossa indústria pode fazer tudo num formato digital sem comprometer qualidade”, explicou Fabio Lima, chefe de operações da Rain Networks. “O público gostou e a indústria ficou confortável porque o sistema oferece segurança (é a prova de pirataria). O nosso sistema também resolve o problema de transporte”.

Num país do tamanho do Brasil, o transporte de rolos e rolos de filme, para não falar no custo de copiá-los, é grande. Rain Networks oferece um sistema de distribuição barata.

O jornal comenta que , apesar de serem conhecidos por seu amor para “coisas frívolas como praia, dança e futebol”, os brasileiros também têm um grande, quase desconhecido, amor pela tecnologia. A porcentagem de brasileiros que usam a internet é uma das mais altas do mundo em desenvolvimento. Por exemplo, 95% das declarações anuais de imposto de renda são entregues eletronicamente, o sistema bancário do país é um dos mais avançados no mundo por causa da informática e as eleições são totalmente informatizadas.

Como funciona o cinema digital brasileiro

Usando software da Windows Media 9, a Rain Networks inventou o MPEG-4 software para compressão de vídeo que é mais barato e rápido do que qualquer outro sistema disponível. Com o MPEG-4 é possível salvar em disquete um filme num espaço 15 vezes menor do que com o MPEG-2, que vem a ser a tecnologia usada hoje. O resultado é a possibilidade de mandar um filme de 90 minutos dos seus computadores em São Paulo para um cinema, em qualquer lugar, em 20 minutos.

Os benefícios são enormes. O custo de fazer 500 cópias de um filme como “Matrix” ou “O Senhor dos Anéis”, pode chegar a US$750.000, além do custo do transporte do filme convencional. Isso talvez ajude a explicar, segundo o jornal, porque, até agora, os brasileiros, que adoram cinema, têm um dos mais baixos números de cinemas por pessoa no mundo - um para 105.000. Nos Estados Unidos essa relação é de um para 9 mil. No México, um para 35 mil.

“É um tendência irreversível. A tecnologia é confiável e melhor. Se o futuro é o formato da Rain Networks, não sei. Mas certamente será baseado nele”, diz Valmir Fernandes, presidente da rede Cinemark Brasil com 272 salas de cinema em todo o país. “É a nova realidade tecnológica”, disse. (AB)


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