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Brasil é o 57º país mais globalizado e EUA, o 4º

05 de maio de 2005 - 14:22

A edição de 2005 do Índice de Globalização, publicado pela A.T. Kearney e pela revista Foreign Policy, mostrou que pela primeira vez os Estados Unidos aparecem entre as cinco nações mais globalizadas do mundo, subindo de sétimo para quarto lugar. O Brasil vem perdendo posições e, nesta edição, aparece em 57ºlugar no ranking, com queda de quatro posições em relação a 2004. Em primeiro lugar aparece Cingapura, desbancando a Irlanda, que havia permanecido na posição de liderança durante três anos seguidos.

O panorama mostrado nas primeiras posições do índice, segundo os organizadores, é resultado de um maior engajamento político e de fortes relacionamentos construídos com base em comércio exterior.

Apesar de seus relacionamentos políticos e econômicos com o resto do mundo serem considerados fracos, os Estados Unidos melhoraram sua posição em função de sua forte tecnologia. O país aparece em primeiro lugar em número de usuários de Internet e servidores seguros.

A Rússia, por outro lado, teve uma das maiores quedas, caindo oito pontos, para a 50ª entre os 62 países que compõem o índice. A importância do comércio exterior na composição do Produto Interno Bruto (PIB) desse país, cuja economia depende fortemente do petróleo, continuou a cair. O Irã foi o último colocado pelo quinto ano consecutivo.

Segundo os organizadores do estudo, a globalização se mostrou um fenômeno bastante robusto no ano de 2003, o último para o qual existem estatísticas completas. O comércio global cresceu mais do que 5%, os níveis os níveis de apoio ao desenvolvimento atingiram o nível recorde de US$ 69 bilhões, apesar de novas tensões oriundas da guerra no Iraque, do colapso das discussões da Organização Mundial do Comércio e da epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).

O Índice de Globalização publicado pela A.T. Kearney e pela revista Foreign Policy procura medir, de forma empírica, a globalização e seu impacto no mundo. O índice mede a integração econômica, inter-pessoal, política e tecnológica de 62 países que, juntos, representam 96% do PIB bruto global e 85% da população mundial.

Além desses aspectos, o índice de 2005 explorou também o relacionamento entre o nível de integração global e os índices de educação, liberdade política, corrupção e suscetibilidade ao terrorismo.

O estudo concluiu que na América Latina o nível de integração aumentou, mas ainda continuou baixo. Os fluxos de investimento direto na região caíram mais de 20% desde 2002, apesar de ganhos registrados nas menores economias, como Chile, Panamá e Venezuela, onde houve uma retomada depois de 2002.

''A América Latina aproveitou a depreciação do peso argentino e do real brasileiro. As exportações cresceram gerando o primeiro superávit primário em 50 anos (ajudado em parte pelo volume menor de importações). Em termos de integração tecnológica, a América Latina ainda está atrás de outras regiões emergentes, mas alguns países mostram um crescimento no número de sítios de Internet, com taxas de crescimento de 50% ou mais na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru'', disse um trecho do documento.

De acordo com o estudo, Cingapura subiu para primeiro lugar no ranking deste ano devido ao seu maior engajamento político e de fortes relacionamentos, construídos com base em comércio exterior. A ajuda financeira dada por Cingapura às missões de paz da ONU aumentou 41% e, em 2003, Cingapura se transformou na primeira nação asiática a assinar um acordo de comércio bilateral com os Estados Unidos.

Os Estados Unidos subiram de classificação devido ao aumento no número de sites de hospedagem de Internet e servidores seguros, fatores que permitem e facilitam maior integração tecnológica. Por outro lado, o país se mostrou muito menos aberto na área econômica, de comércio exterior e em investimento direto, devido ao seu grande mercado doméstico. Em termos políticos e diplomáticos, os Estados Unidos aparece em 57º lugar entre as 62 empresas devido aos tratados internacionais dos quais faz parte.

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