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Brasil busca confiança de asiáticos para vender carne

Benedito Mendonça/ABr - 06 de fevereiro de 2006 - 15:29

A descoberta de focos de febre aftosa no rebanho bovino brasileiro, em 2005, trouxe obstáculos à exportação de carnes para a Ásia. O continente tem rígidos padrões de segurança sanitária. Para divulgar as medidas de controle tomadas pelo Brasil, esta semana, o Ministério da Agricultura debate o tema com técnicos sul-coreanos no Comitê Consultivo Agrícola (CCA). A expectativa é a de que os esclarecimentos cheguem a todos os países asiáticos.

O diretor do Departamento de Saúde Animal, Jorge Caetano Júnior, explica que por meio do comitê é possível estreitar laços, aumentar as relações de confiança dos serviços veterinários e, assim, avançar na questão. "Os países da Ásia que erradicaram a aftosa tendem a acentuar as restrições em relação aos produtos por conta da doença", revela Caetano.

Para evitar maiores prejuízos na balança de exportação, o Brasil vem desenvolvendo um programa de erradicação da febre aftosa. Ainda assim, alguns países asiáticos teriam resistência no reconhecimento da zona brasileira livre de aftosa. "Esse Comitê Consultivo Agrícola é um fórum onde se pode, de maneira mais oficial, esclarecer à Coréia e à outros países da Ásia em relação aos procedimentos que são adotados para as garantias sanitárias oferecidas aqui no nosso país", conta Jorge Caetano.

De acordo com ele, o esforço é válido. Por meio dele, o Brasil mostra que pode, realmente, mercer confiança no campo sanitário e alcançar resultados positivos em termos de acesso a novos mercados, antes mesmo que o país esteja totalmente livre da doença. No entanto, o direitor não estabelece prazos para a conquista dos novos clientes.

Na visão de Caetano, o entrosamento entre serviços promovidos pelo Brasil e pela Coréia do Sul, tanto na área animal quanto na da vegetal, é sempre importante. "Na verdade, o Brasil nesse processo tem vários interesses e a exportação de carnes e produtos de origem animal é apenas um deles", lembra, citando o etanol como outro ponto importante da pauta de produtos a serem negociados com os sul-coreanos.

Entre novembro e dezembro do ano passado, foram identificados focos de febre afotosa em fazendas do Mato Grosso do Sul e Paraná. Quase 50 países chegaram a impor restrições à importação de carne brasileira. Nas fazendas em que a doença foi diagnosticada, todo o rebanho foi executado.

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