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BR 158: PRF lembra os dez anos do Código de Trânsito

PRF - 23 de janeiro de 2008 - 19:11

Apesar das inovações trazidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, ainda é preciso, conscientizar a população, para o estrito cumprimento das leis, destaca o Inspetor Anatoleo Costa Júnior, Chefe da 9ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, em Paranaíba, que programou um comando educativo com a distribuição de panfletos, na BR 158, em alusão ao aniverário do CTB.

O Código de Trânsito Brasileiro, em vigor desde janeiro de 1998, reduziu em pelo menos 5,8% as mortes causadas pelos acidentes de trânsito no país. Cerca de 26,3 mil pessoas deixaram de morrer entre 1998 até 2004.

Em conseqüência, o Brasil economizou R$ 71 bilhões, dinheiro relativo a perdas na produção, cuidados na área da saúde, remoção e traslado, que seria gasto ou perdido com essas mortes.

O custo médio por pessoa envolvendo perda de produção, cuidados com saúde, remoção e traslado é de aproximadamente R$ 1 mil nos acidentes em que ninguém se fere; de R$ 36,3 mil nos casos em que há feridos; e de R$ 270,1 mil em caso de morte.

A maioria dos acidentes é causada, marcadamente, por falhas humanas (64%) como dirigir sob o efeito de álcool e substâncias entorpecentes, trafegar em velocidade inadequada e sem a devida experiência; seguida por problemas mecânicos (30%) e, por último, pela má conservação das vias de tráfego (6%). No caso dos acidentes causados por jovens, dois fatores comportamentais se destacam entre as causas de acidentes fatais: a falta de experiência em manejar veículos e a imaturidade física e psicológica associada a comportamentos de risco.

Notadamente, a combinação de álcool e volante é um dos problemas mais sérios de segurança pública e saúde do país. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 80% de mortes no trânsito brasileiro ocorrem devido ao consumo de bebidas alcoólicas pelo motorista. Nesse caso, há um alerta para o aumento do consumo de álcool pelos jovens e para o perigo da cerveja, bebida erroneamente considerada, pelo senso comum, mais fraca do que a cachaça ou o vinho.

Em 2004, no Brasil perderam a vida 8.809 motoristas, enquanto nos Estados Unidos 4 mil; na Espanha 750; no Japão 300.

No Japão, o índice de tolerância, para a ingestão de bebidas alcóolicas, é zero. Se alguém for flagrado com algum vestígio na corrente sanguínea, mesmo sem ter-se envolvido em acidente fatal, pode sofrer condenação a 15 anos de prisão. Se houver morte e o motorista tiver um acompanhante no carro, este também vai para a cadeia, por conivência.

Em todos os países em que as multas pesam no bolso e onde o infrator responde às transgressões com punições rigorosas, o trânsito não apenas é mais educado, como mata menos. Infelizmente, o Brasil segue no topo do ranking mundial em acidentes de trânsito, com mais de 35 mil mortos a cada ano.

Esse elevado número de mortes revela que a violência no trânsito está longe de ter um fim. Causados, em grande parte, pela mistura de álcool e velocidade, esses acidentes tiram a vida de nossos jovens, destroem famílias, mutilam corpos, interrompem sonhos. E exigem de nós atitudes que visem não apenas à redução do número de acidentes, mas a uma mudança radical de atitude.

Para fazer frente a isso, é preciso que a sociedade brasileira invista na formação de cidadãos mais conscientes, focando os jovens, principais vítimas dos acidentes de trânsito. Esse investimento deve começar desde a educação infantil, de forma sistemática, promovendo a conscientização de crianças e jovens sobre os impactos dos acidentes de trânsito e as formas de evitá-los.

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