Recife - Equipes do Corpo de Bombeiros trabalham há mais de 11 horas para retirar dos escombros três pessoas que ficaram soterradas ontem à noite, com o desmoronamento do Edifício Areia Branca, de 12 andares, na Praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. O coronel Luiz Gonzaga Dutra, diretor de operações do Corpo de Bombeiros, admitiu que é remota a possibilidade de encontrar sobreviventes.

Estão sendo procurados o porteiro do prédio, Antônio Félix dos Santos, de 38 anos, que trabalhava no local há 10 anos; o ajudante de pedreiro Cícero Júnior, de 21 anos, e um segurança que prestava serviço ao condomínio.

O imóvel de classe média, com 24 apartamentos de quatro quartos (210 metros quadrados cada um), tinha sido construído há 25 anos e estava praticamente vazio. Na última quarta-feira (13), os moradores foram orientados pelo síndico a deixar o local, após estalos na estrutura e rachadura na caixa d’água. A maioria foi para a casa de parentes e amigos, deixando roupas, eletrodomésticos e outros pertences. Técnicos da Comissão de Defesa Civil tinham visitado o imóvel, mas não decidiram pela interdição.

O porteiro do prédio vizinho, que estava de plantão, descreveu o que presenciou na hora da ocorrência. “Houve pânico, correria, barulho e muita poeira”, disse Davisson.

Dois trabalhadores de uma empresa contratada para fazer serviços na infra-estrutura do Areia Branca correram para a pista no momento em que o prédio começava a cair e foram atropelados. Um deles teve traumatismo craniano.

O trânsito foi desviado e o local isolado por medida de segurança e para evitar saques. O edifício foi o quinto a cair na região metropolitana do Recife nos últimos sete anos.