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Bombeiros alertam sobre venda de certificados de vistoria ilegais

Campo Grande News - 10 de julho de 2017 - 16:30

O Corpo de Bombeiros apura, em Campo Grande, a ação de possíveis estelionatários que vêm usando o nome da corporação para oferecer a comerciantes, principalmente da região central, a compra ilegal de certificados de vistoria. O crime estaria sendo motivado, principalmente, pelo incêndio que destruiu uma loja de componentes de borracha ocorrido no dia 21 de junho, na esquinas das avenidas Calógeras com Fernando Corrêia da Costa, no Centro.

A repercussão do caso, incluindo a confirmação de que o comércio não tinha os alvarás e documentos em dia, teria motivado os estelionatários a agir. “As pessoas ficam assustadas e existem aproveitadores que usam o nome da corporação para fazer esse tipo de maldade e tentar aplicar golpes”, apontou o major Rafael Farias, da Diretoria de Atividades Técnicas dos Bombeiros.

“A gente não vê, mas fica sabendo, de que procuraram um bar, uma loja de roupas, são muitas informações, nenhuma concreta”, disse um comerciante que prefere não se identificar.

Segundo o Campo Grande News apurou junto a outros lojistas, as informações dão conta que seriam dois homens em um carro preto, sem usarem fardas ou apresentarem documentos funcionais.

A falta de informações mais concretas sobre a ação dos golpistas é um dos motivos que dificultam a atuação dos Bombeiros na questão. Segundo Farias, o documento oferecido pelos falsários sequer existe (seria um certificado da parte elétrica).

“Não tem como a gente iniciar a apuração sem um ponto para começar”, disse Farias. “É importante as pessoas saberem que nossos integrantes vão aos locais com carro oficial, identificado, fardados e são obrigados a mostrar a identidade militar sempre que solicitada.”

CVB – O único documento emitido pelos Bombeiros é seu Certificado de Vistoria, que abrange todas as medidas de segurança contra incêndios e situações de pânico, como saídas de emergência, extintores, sinalização, iluminação e outros. É obrigatório que todos os estabelecimentos comerciais do Estado tenham a certificação, que possui validade de um ano.

Para Farias, a complexidade do trâmite para se obter o certificado praticamente anula as chances de alguém obter o documento apenas subornando terceiros ou os possíveis bombeiros envolvidos no esquema.

“São várias etapas, que envolvem muita gente, com vistorias feitas por técnicos especializados, credenciados, e que precisam da aprovação de comandantes de área”, apontou Farias.

Para o major, infelizmente se torna normal a aparição de relatos de estelionatários agindo após casos de repercussão. O clima de pânico entre comerciantes não só com a gravidade dos incêndios, mas também com uma possível ‘caça às bruxas’ atrás de irregularidades, gera denúncias.

Mas Farias também observa que o trabalho constante da corporação, com reuniões entre entidades de classes, como a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, hoje mobilizam os comerciantes para as questões de segurança com suas lojas e afins.

“Quando chega ao nosso ouvido (denúncias) é porque os comerciantes já estão bem conscientizados e cientes do que é necessário para se precaver contra incêndios”, disse o major. “Essa conscientização vem aumentando e isso reflete na queda do número de incêndios de grandes proporções na cidade.”

Quem for procurado por estelionatários oferecendo falsas documentações, Farias alerta que é necessária a imediata comunicação dos fatos à corporação ou outra autoridade, como as polícias Civil ou Militar ou o Ministério Público Estadual. Quem for flagrado comercializando ou portando alvarás falsificados pode ser preso, além de pagar multa que pode chegar a R$ 1,2 milhão.

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