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Bolsonaro desiste de indicar Eduardo para a Embaixada

Correio do Estado - 18 de outubro de 2019 - 11:20

Crise interna no PSL e falta de votos no Senado Federal para a aprovação de Eduardo Bolsonaro a embaixador nos Estados Unidos levaram o presidente Jair Bolsonaro a desistir dos planos de indicar o filho para o cargo, segundo informações de pessoas próximas . O presidente indicou o filho para o cargo há três meses, mas até agora a intenção não foi formalizada.

Informações repassadas por interlocutores diretos de Eduardo é de que a chance de indicação neste ano é zero. As fontes avaliam que a indicação deve ficar mais para o fim do mandato do deputado, em 2022.

Ainda segundo os interlocutores, Bolsonaro deve atribuir a suspensão da indicação à necessidade de ter o filho ajudando na articulação política, principalmente por conta da importância da presença de Eduardo na Câmara em meio a crise do partido.

Avaliação é de que mesmo com a desistência, que já vinha circulando no Itamaraty, não há possibilidade do deputado ser nomeado chanceler no lugar de Ernesto Araújo, como foi ventilado por Bolsonaro tempos atrás e que voltou a ser especulado.

Auxiliares de Bolsonaro afirmam que Eduardo não conseguiu convencer um número suficiente de senadores a apoiarem seu nome - o que poderia levar a uma derrota emblemática para o governo.

Outro ponto discutido com o presidente seria o futuro político de Eduardo, visto hoje pela rede bolsonarista e por pessoas próximas como a "escolha natural" como sucessor político do pai ante aos nomes dos filhos "01", o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e o "02", o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).

Em entrevista na Câmara ontem, Eduardo admitiu que o cargo no exterior havia ficado em segundo plano diante da crise no partido. "Todos os temas como a embaixada e a viagem para a Ásia são temas secundários. A gente está aqui para cuidar dos nossos eleitores, meu foco é ajudar o país", afirmou o filho do presidente logo após a bancada bolsonarista indicar seu nome para a liderança do PSL na Casa.

Oficialmente, o Palácio do Planalto não confirma que a indicação foi suspensa. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no início do mês, Bolsonaro afirmou que aguardaria a votação da reforma da Previdência no Senado, mas deixou no ar um possível recuo de Eduardo.

"(Com a demora para enviar a indicação) Ele se prepara melhor para enfrentar a sabatina, caso ele mantenha a ideia de ir para lá. Para mim seria interessante." O governo chegou a consultar os Estados Unidos sobre o nome de Eduardo para o posto e recebeu o sinal verde.

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