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Geral

Bolo e refrigerante marcam 11 meses da "Santa do Mel"

Sandra Luz/Campo Grande News - 16 de abril de 2008 - 19:09

Bolo, refrigerante, sopa de legumes, velas, cânticos e fiéis emocionados. O cenário é o mesmo há 11 meses na residência do casal Rezek, em Campo Grande. No local, onde há uma imagem de Nossa Senhora de Fátima que verte mel, fiéis de toda a cidade e até de outros estados procuraram graças e benções.

As celebrações, explica Sônia Diniz, ficaram a cargo do padre Roosewelt Sá Medeiros, excomungado pelo próprio Papa João Paulo II em 2003 depois de ser denunciado por envolvimento com tráfico de drogas. Foi inocentado pela Justiça, mas não pela Igreja.

Medeiros está impedido de exercer as atividades pastorais, mas não se refuta a celebrar missas na residência dos Rezek.

Sônia Diniz explica que a condição do padre é irrelevante para a família e os fiéis que procuram as bênçãos da santa que foi batizada pelos visitantes de “Nossa Senhora do Mel”. “O que importa é o que está aqui dentro”, explica apontando a mão no lado esquerdo do peito.

Hoje, a família vende camisetas (R$ 20), fotografias (R$ 10), adesivos (R$ 2) e medalhas (R$ 1) como forma de custear a sopa distribuída todos os dias aos fiéis. “Nosso panelão tem 100 litros e fazemos um por dia”.

Quem vai à casa, dá vazão à emoção. Este é o caso de Maria* 31 anos, que afirma ter visto o marido ser sido curado de uma osteomielite no pé com o uso do mel e a realização de orações. “Cada vez que a bactéria aparecia eram 20 dias internado. O mel da santa o curou”, conta.

A mãe de Geni Salim Gebai, 44 anos, não foi curada, mas “morreu mais tranqüila”, diz a filha. A morte aconteceu há 5 meses e só hoje ela conseguiu ir à casa dos Rezek agradecer pessoalmente a graça à santa. Para ela, as orações fizeram a mãe partir sem sofrimento.

Também esteve hoje em visita à santa a dona de casa Marcionilia Aves Mariette, de 50 anos. Para ela, a paz interior que o local lhe proporciona é o suficiente para ao menos uma visita mensal.

Segundo a proprietária da imagem, Sônia Diniz, a casa é aberta todos os dias. Durante a tarde é feita a oração do terço e, em dias de festa como hoje, há uma missa. Nesta quarta-feira, excepcionalmente, a missa foi adiada porque o celebrante não pode comparecer.


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