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Bolívia suspende confisco de receitas da Petrobras
O vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, confirmou que suspendeu temporariamente a ordem de confiscar as receitas das refinarias da Petrobras e disse que a medida sinaliza para avanço no diálogo. Ontem o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau admitiu, pela primeira vez, que caso não haja acordo com o governo da Bolívia sobre a decisão de se expropriar as refinarias da Petrobras pode considerar inviável a permanência dela no negócio do refino na Bolívia.
Linera exerce interinamente a Presidência boliviana durante a ausência do presidente Evo Morales. Segundo a Folha on line, ontem em coletiva, na Bolívia, Linera suavizou o discurso, mas ponderou que a suspensão da ordem não signfica um retrocesso na nacionalização dos hidrocarbonetos. "A nacionalização vai adiante. O que estamos analisando são os prazos para a aplicação de acordo com as empresas", especificou.
O confisco das receitas de refinarias ocorreu na última terça-feira, quando a Bolívia transformou as empresas em prestadoras de serviço. O governo brasileiro soube da decisão por meio dos jornais bolivianos e o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, decidiram cancelar a viagem que fariam para La Paz, que seria na sexta-feira com o objetivo de discutir a exploração e distribuição de gás.