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Boca-de-urna pode anular sessão que absolveu Queiróz

João Prestes/Campo Grande News - 20 de dezembro de 2005 - 18:38

A denúncia do deputado Mauro Passos (PT-SC) de que teria ocorrido boca-de-urna na votação que salvou o mandato do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) pode levar à anulação da sessão. O vice-líder do PPS, Raul Jungmann (PE) entregou ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), requerimento do partido que formaliza o pedido para que Queiroz seja novamente julgado pelo Plenário.

Passos denunciou que o deputado gaúcho Osvaldo Biolchi (PMDB) teria distribuído cédulas com voto já marcado contra a cassação de Romeu Queiroz. A Corregedoria Parlamentar da Câmara já investiga o caso a partir de representação de Passos contra Biolchi, por quebra de decoro parlamentar.

Biolchi negou que tenha feito qualquer procedimento de boca-de-urna e disse que vai acionar os advogados para processar Mauro Passos, segundo informa a Agência Câmara. "Ele é que quebrou o decoro por fazer uma acusação injusta", apontou.

Na representação, o líder do PPS levanta suspeita sobre um grande "acordão" com o objetivo de absolver Queiroz e outros deputados envolvidos no escândalo do "mensalão". Além da denúncia de boca-de-urna, o vice-líder do PPS lembra a liberação recente de emendas parlamentares pelo governo e o fato de que o número de parlamentares presentes na Casa era superior ao de deputados que votaram no processo de cassação, como um indício de acordo para esvaziar a sessão. "Tudo indica que essa absolvição foi viciada", acusa.

O deputado Romeu Queiroz foi acusado de desrespeitar a legislação eleitoral ao receber recursos de caixa dois do PT para o PTB sem registrá-los. Apesar de o Conselho de Ética ter o pedido sua cassação, Romeu Queiroz foi absolvido pelo plenário da Câmara por 250 votos contra 162.

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