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BNDES quer empresas assumindo a Parmalat no Brasil

14 de fevereiro de 2004 - 13:00

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará cooperativas ou outros tipos de empreendimentos capazes de assumir as unidades industriais da Parmalat no Brasil. O Banco do Brasil será o principal agente financeiro a operar os financiamentos do BNDES. A informação é do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, que ontem reuniu-se com a direção nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em Brasília.

Segundo Rosseto, a preocupação do governo não é salvar a Parmalat, mas apoiar a manutenção dos empregos da indústria, o pagamento aos fornecedores e o funcionamento das unidades industriais da empresa. O governo, afirmou, está preparado para apoiar novos empreendimentos que assegurem a continuidade da produção nos estados. Uma das principais saídas estudadas é o arrendamento das plantas regionais da Parmalat por cooperativas de produtores de leite com recursos do BNDES.

O ministro citou uma série de medidas emergenciais adotadas pelo governo para manter a cadeia do leite e evitar a queda do preço do produto. Foram liberados R$ 113 milhões para os produtores de leite em todo o país. Os recursos fazem parte do total de R$ 300 milhões em Empréstimos do Governo Federal (EGF), com juros de 8,75% ao ano, destinados a financiar a estocagem de derivados do leite, o que contribui para a estabilidade do preço. O Banco do Brasil também está financiando a retenção de matrizes. Com capital de giro, os produtores podem manter seus animais e quitar suas dívidas.

Além disso, o governo federal está estimulando estados e municípios a comprar mil toneladas de leite em pó para ser utilizado na merenda escolar. "Não há interesse do governo de que haja queda da produção. O leite é um produto estratégico para a segurança alimentar do nosso povo e as estratégias que adotamos deram estabilidade ao setor", afirmou o ministro. Conforme Rossetto, os produtores de leite estão escoando o produto para outras cooperativas e laticínios. "Não há qualquer risco de desabastecimento", destacou.

A produção de leite chegou a 23 bilhões de litros em 2003, um recorde para o setor. A agricultura familiar contribui com 52% da produção nacional. Do total de 1,8 milhão de produtores, 1,6 milhão são familiares. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) liberou R$ 662 milhões para a cadeia do leite em 2003, sendo R$ 350 milhões para assentados da reforma agrária.

Informações da Assessoria de Imprensa do BNDES.

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