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Blatter ganha o apoio do COI para implantar "6+5”

Gazeta Esportiva - 01 de novembro de 2008 - 09:44

Na metade de seu terceiro mandato como presidente da Fifa, Joseph Blatter finalmente vê uma de suas promessas ganharem alguma força. O suíço, que sucedeu o brasileiro João Havelange em 1998, assumiu a entidade projetando colocar um fim a elencos repletos de estrangeiros no futebol europeu. Dez anos depois, conseguiu convencer o Comitê Olímpico Internacional (COI).

Jacques Rogge, presidente do COI, manifestou seu apoio à idéia que Blatter chama de “6+5”, na qual cada time é obrigado a escalar no máximo cinco estrangeiros, que devem ter no mínimo seis jogadores locais como companheiros nos jogos. Desta maneira, teoricamente, as nações teriam mais condições de revelar bons atletas.

Para expressar sua solidariedade ao dirigente suíço, Rogge prometeu os mesmos esforços para implantar uma regra que mudaria significativamente o atual cenário do futebol. E garante que a Fifa tem mais companheiros na causa do que imagina.

“Se o Blatter diz que está batendo a cabeça na parede, ele não está sozinho. Estamos juntos com ele. Apóio o ‘6+5’ e não é só o COI. Todas as federações internacionais apóiam a regra. O mundo do esporte é a favor desta mudança”, discursou Rogge, que costuma entrar em conflito com a Fifa principalmente pelo 'desprezo' do futebol masculino às Olimpíadas.

Dentre as modalidades que também sonham com o “fim das influências da globalização no esporte” estão o rúgbi, o basquete e o handebol. Porém, todas elas, assim como o futebol, têm um forte ‘inimigo’ na briga para diminuir o número de estrangeiros em suas ligas: a União Européia (UE).

Sempre a favor do fim das limitações entre seus membros, a UE é amplamente contra o “6+5” e ameaça punir os países que adotarem a regra com ações legais na Corte Européia de Justiça. Blatter, no entanto, espera que seu lobby, agora reforçado por Rogge, seja suficiente para convencer cada um dos ministros dos esportes das 27 nações que compõem a UE.

A causa deve entrar novamente na pauta de discussões da entidade em novembro. Mas Blatter, que promete deixar o comando da Fifa no fim de seus terceiro mandato, em 2011, sabe que dificilmente conseguirá romper a resistência à sua idéia. Mesmo assim, não desiste de ver pelo menos uma de suas promessas se realizar durante sua gestão.

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