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Bingo: Lula não considerou derrota do governo

Gabriela Guerreiro/ABr - 06 de maio de 2004 - 08:31

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não considerou uma derrota do governo, mas de toda a sociedade, a decisão do Senado Federal de arquivar a Medida Provisória que proibia o funcionamento de casas de bingos e caça-níqueis em todo o país. "A derrota foi da sociedade, que tinha e tem interesse em coibir certos tipos de jogos de azar como caça-níqueis, que além de viciar, retira da população mais pobre parte dos seus rendimentos. O governo não se sente derrotado, nem o presidente poderia se sentir derrotado, porque vai dar prosseguimento ao esforço para coibir e reprimir esses tipos de jogos no país", garantiu o ministro de Coordenação Política, Aldo Rebelo.

Segundo o ministro, o governo já estuda medidas para evitar o funcionamento dos bingos no país, que estão sendo articuladas pelo Ministério da Justiça, Advocacia Geral da União e Casa Civil.

Aldo Rebelo garantiu que nenhuma ação, nem mesmo a edição de uma nova Medida Provisória sobre o tema, está descartada pelo governo neste momento.

O ministro minimizou a derrota da MP no Senado e disse que ela foi "circunstancial". Na avaliação de Aldo Rebelo, os bingos já estavam proibidos de funcionar de acordo com a legislação federal. "O prejuízo é parcial, porque os bingos já são proibidos no Brasil", enfatizou.

Aldo Rebelo defendeu os senadores da base aliada do governo no Senado. Segundo ele, não houve um "cochilo" que permitiu a derrota da MP em plenário. O ministro disse que alguns parlamentares, como o líder do governo Aloízio Mercadante, tiveram que se ausentar de Brasília por problemas pessoais. "As lideranças do governo tentaram evitar que a votação acontecesse hoje em função de ausências. O senador foi obrigado a viajar por motivos de falecimento de um ente muito próximo da família, mas o PFL e o PSDB venceram a proposta de continuar a votação", esclareceu.

Ele admitiu que o governo tem um histórico de grandes e importantes vitórias no Congresso este ano, e que teria maioria em condições normais para aprovar a MP no Senado. "O governo tem demonstrado eficiência em sua base em todos os projetos que apresentou até hoje. Qualquer governo pode ver uma medida de interesse do país derrubada", afirmou.

A intenção do governo é, segundo Aldo Rebelo, reduzir a edição de Medidas Provisórias para garantir a aprovação de seus projetos mais relevantes. "Algumas MPs são necessárias e urgentes. Temos o compromisso de tentar reduzir para facilitar a tramitação das MPs já existentes e dos projetos de interesse do país", disse.

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