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Geral

Bimba lamenta a falta de sorte

Comitê Olímpico Brasileiro - 25 de agosto de 2004 - 10:50

ATENAS - A tristeza do brasileiro Ricardo Winicki com o 17o. lugar na última regata classe mistral da vela dos Jogos Olímpicos ATENAS 2004, resultado que lhe fez terminar em quarto na classificação geral depois de liderar boa parte da disputa, vai servir de lição. Assim como serviu a perda do ouro nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg-99 para que ele conseguisse vencer nos Jogos de Santo Domingo, quatro anos depois. Ou até como o título da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2002.

"O que aconteceu aqui serve como força. Em Winnipeg perdi o ouro e fiquei com a prata e, em Santo Domingo, ganhei o ouro. Em 98, o Brasil perdeu a Copa do Mundo e, em 2002, ganhou e o Ronaldinho foi o artilheiro. Pior é quem perde e sai fora. Vou continuar a velejar. Ainda tenho dois ou três Jogos Olímpicos pela frente. E os Jogos Pan-americanos Rio 2007 e os Jogos de Pequim-2008 são as metas principais e mais próximas", afirmou o brasileiro.

No entanto a certeza de continuar esbarra numa possível mudança de regras da mistral a ser decidida ainda este ano: "Em novembro haverá uma reunião na federação internacional para decidir se serão feitas mudanças na classe, se a prancha vai diminuir ou aumentar de tamanho. Se eu perceber que essas mudanças não são favoráveis para o meu biotipo, não vou continuar. Aí penso no que vou fazer, se vou mudar de classe".

Bimba acredita que fez o que pôde para conseguir sua primeira medalha olímpica. "Foi um dia atípico. Começou com vento fraco, que depois ficou forte, em todas as direções. Comecei bem, mas o israelense também saiu bem, e foi lá para frente. Depois tentei administrar o grego mas, no fim, ele conseguiu me passar e mais quatro adversários", lembrou ele, referindo-se ao israelense Gal Fridman, que acabou com a medalha de ouro, e ao grego Nikolaos Kaklamanakis, que foi prata. Ambos começaram o dia atrás do brasileiro na classificação geral. "Não acho que errei, fiz a tática certa, faltou sorte. Esporte é isso, quando depende da natureza, vento e onda, tudo pode acontecer.
Você luta mais com a natureza do que com os adversários. Em outras regatas, aconteceu o contrário e eu ganhei Não quero achar desculpas, e sim pôr os pés no chão e continuar. Tem muita coisa para acontecer para mim ainda", completou.

Ele sabe também que o que vier a acontecer bom será também em parte por conta de seu desempenho em Atenas: "O quarto lugar não é um mau resultado, mas fiquei triste na chegada porque sabia que eu não tinha ganhado medalha. Este quarto lugar foi positivo para a vela e para a classe mistral no Brasil".

Por fim, exaltou o apoio que teve na capital grega por parte dos brasileiros: "Só tenho a agradecer a toda a comissão técnica da vela pelo apoio e incentivo durante toda a disputa. Desde o técnico da prancha à vela, o Bruno di Bernardi, até o Lars Grael, que é o coordenador técnico".

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