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Berzoini propõe ao PT amplo debate e balanço do governo

Aécio Amado / ABr - 14 de outubro de 2005 - 16:07

O novo presidente do Partido dos Trabalhadores, deputado Ricardo Berzoini (SP), afirma que quer promover um amplo debate e fazer um balanço do governo Lula. "O compromisso nosso é de conduzir esse balanço da maneira mais democrática. E, ao mesmo tempo, permitir que pessoas de fora do partido - economistas, cientistas políticos, lideranças populares - possam também dar a sua contribuição", disse Berzoini, em entrevista à Rádio Nacional (Rio de Janeiro).

Sobre a relação entre o partido e o governo, Berzoini afirmou que a política econômica conduzida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é apoiada pela maioria, mas isso não impede a manifestação de críticas pontuais. "Entendemos que o modelo econômico implantado é um modelo vitorioso. E não é uma continuação do governo anterior; até porque no governo anterior a dívida pública cresceu continuamente. No nosso governo estabilizamos a relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB)", disse.

Berzoini afirmou que o debate também pretende preparar o programa para a eleição presidencial de 2006. "Eu falo assim com a certeza de que o presidente Lula vai disputar a reeleição. Mas, evidentemente, ele ainda vai dar essa palavra no momento adequado".

O novo presidente do PT disse ainda que vai manter o padrão de relacionamento entre o partido e os parlamentares acusados de irregularidades. "Pedindo explicações, procurando identificar onde há quebra de ética partidária ou não. Mas, ao mesmo tempo, não permitindo que esses deputados sejam tratados como se fossem corruptos".

Na avaliação de Ricardo Berzoini, os deputados do PT que deverão responder a processo disciplinar na Câmara não cometeram atos de corrupção. Segundo o deputado, eles praticaram "apenas uma ilegalidade eleitoral que decorre de um sistema de financiamento eleitoral no Brasil absolutamente inadequado". Os deputados foram citados no relatório conjunto das comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs) dos Correios e da Compra de Votos.

Ele disse que esses parlamentares serão tratados "com respeito, mas sem nenhum tipo de complacência ou impunidade". Segundo Berzoini, se o partido entender que eles quebraram a ética partidária, serão submetidos há sanções apreciadas por uma Comissão de Ética e aprovadas pelo Diretório Nacional.

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