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Beijo não transmite vírus da hepatite C, diz nota

Andréia Araujo/ABr - 25 de outubro de 2003 - 08:24

O Ministério da Saúde divulgou ontem nota informando que o beijo não transmite o vírus da hepatite C, como foi divulgado em vários jornais e agências de notícias da internet. De acordo com o Programa Nacional de Hepatites Virais do Ministério (PNHV), o consenso internacional sobre a doença, até o momento, é de que o beijo não é considerado meio de transmissão do vírus da hepatite C.

Pode-se pegar hepatite B e C pelo sangue contaminado, compartilhando agulhas e seringas (drogas injetáveis) ou em acidentes com materiais contaminados com sangue. Relações sexuais sem o uso da camisinha e tatuagem ou "piercing" feitos com instrumentos não esterilizados também podem transmitir as hepatites B e C.

O estudo que motivou as reportagens sobre a possibilidade do beijo transmitir a hepatite C foi apresentado recentemente na "Interscience Conference on Antimicrobial Agents" em Chicago (Estados Unidos), que descobriu a presença do vírus em amostras de saliva de alguns pacientes.

De acordo com a nota do Ministério da Saúde, pequenas quantidades do vírus podem estar presentes na saliva e normalmente isso ocorre em pacientes com lesões que predispõem ao sangramento na cavidade oral (ex: gengivites, traumas e feridas da mucosa da boca). Deste modo, o "estudo não permite afirmar que existe transmissão do vírus C pelo beijo".

A hepatite C é causada pelo vírus HCV, cuja transmissão ocorre com as exposições pericutâneas com o sangue infectado. O risco da transmissão depende da quantidade de vírus, do tipo e da rota de transmissão, que pode acontecer pela atividade sexual, exposição perinatal ou entre usuários de drogas intravenosas, portadores de hemofilia e pessoas que receberam transfusões com sangue infectado com HCV, além da exposição ocupacional.

A maioria das pessoas infectadas não sabe que tem o vírus da hepatite C porque os sintomas podem levar mais de 10 anos para se manifestar, ficando a doença por longo prazo sem ser diagnosticada. Alguns portadores nem chegam a ser afetados fisicamente, mas, em outros, a doença traz sérios riscos à saúde. Nestes casos, a infecção evolui para cirroses, que podem permanecer estáveis ou progredir para o câncer de fígado.

Para evitar a doença, deve-se exigir material esterilizado ou descartável em serviços de saúde (hospitais, postos de saúde, consultórios médicos e odontológicos), nos salões de beleza, lojas de tatuagem e para a colocação de brincos e "piercings". É recomendável também sempre usar camisinha nas relações sexuais e não compartilhar agulhas e seringas no uso de drogas injetáveis.

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