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Bebida alcoólica aumenta a pressão arterial
Só em pequenas doses ela confere proteção contra a hipertensão, com preferência para vinhos, seguido dos destilados e, por último, cerveja. Licores parecem ser os vilões entre os causadores de hipertensão.
Para a tristeza de muitos, não é verdade que beber protege contra a hipertensão. Ao contrário: estima-se que 30% dos doentes se devam exatamente ao uso da bebida. Na verdade, segundo Lucélia Magalhães, da Secretaria de Estado de Saúde da Bahia e Fernando Almeida, professor da PUC de Sorocaba, somente o uso de doses baixas, até mais ou menos 210ml, principalmente de vinho, é que conferem proteção mais para os homens e com ressalvas para indivíduos negros, que apresentam formas mais graves de hipertensão.
Em mesa-redonda no 13º Congresso de Hipertensão, que se encerra amanhã em Ribeirão Preto, Claudia afirmou que retirar o álcool pode reduzir a pressão arterial dos pacientes que fazem uso de grandes quantidades, lembrando que em 1915 a hipertensão foi evidenciada em trabalhadores de minas de carvão na França que ingeriam muita bebida. Fernando disse também que indivíduos que bebem mais de 400ml por dia e têm pressão alta podem reduzir em importantes percentuais a pressão arterial se pararem de beber. Entretanto, é verdade que um consumo baixo uma garrafa de vinho de 700ml para um casal, por exemplo oferece benefícios protetores.
Pesquisas apresentadas pelos palestrantes mostram que o os efeitos tóxicos imediatos do álcool promovem uma baixa da hipertensão arterial, mas, posteriormente, encontra-se o chamado efeito rebote, em que há exatamente a elevação da pressão arterial em indivíduos hipertensos que responde pelos infartos e derrames tão bem conhecidos dos médicos, que acontecem no dia seguinte às grandes bebedeiras, alertaram.
Agência Notisa (jornalismo científico science journalism)