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BB elimina cargos e desativará setores em MS

Marta Ferreira/Campo Grande News - 07 de maio de 2007 - 18:47

Presente em 71 municípios de Mato Grosso do Sul, depois que conquistou as contas dos servidores estaduais e do governo estadual, o Banco do Brasil vai eliminar pelo menos 30 cargos no Estado, como parte das ações de reestruturação operacional divulgadas hoje, que incluem um novo plano de demissão e aposentadorias voluntárias. O Campo Grande News apurou que serão extintos 165 cargos em Mato Grosso do Sul. Como vai haver a criação de outros 135, a maioria para atendimento dos correntistas, o número de vagas extintas de fato será menor.

O BB tem 1,4 mil funcionários no Estado. A mudança no número de cargos é em razão de reestruturação que a instituição anunciou como uma forma de racionalizar e aperfeiçoar o banco dentro do cenário de mercado. Na prática, a instituição tenta abandonar, de vez, a visão de banco oficial, para competir de igual para igual com as instituições privadas, principalmente as que são comandas por grupos financeiros internacionais, segundo a leitura feita pelo presidente do Sindicato dos Bancários da região de Campo Grande, José Aparecido Clementino Ferreira.

As mudanças anunciadas hoje determinam que alguns serviços serão centralizados, envolvendo dois setores- os 24 Núcleos de Apoio aos Negócios de Crédito (Nucac´s, como são chamados), e as 19 Gerências Regionais de Logística (Gerel). No caso de Mato Grosso do Sul, o comando do Nucac e da Gerel devem ser, paulatinamente, transferidos para Brasília. No caso da Gerel, Mato Grosso do Sul centraliza, hoje, os trabalhos de Mato Grosso e de Rondônia, que passarão a ser feitos em Brasília.

Segundo a assessoria de imprensa do Banco no Estado informou, haverá um equilíbrio entre funções extintas, com a centralização desses serviços em outras regiões, e as funções que serão criadas. A maioria delas é de gerência de contas, para melhorar o atendimento aos correntistas.

Repercussão - O presidente do Sindicato dos Bancários explicou que a entidade ainda está avaliando as mudanças anunciadas. Segundo ele, há três preocupações mais significativas: saber se de fato não haverá demissão em massa, como serão realocados os funcionários dos setores que passam a ter comando em outros estados e ainda como vai funcionar a substituição de funcionários com cargo de chefia, como gerentes de agência.

Segundo o sindicalista, o banco pretende mudar a regra e há uma preocupação de garantir que o substituto receba um salário equivalente ao do substituído.

Em relação ao plano de demissão e aposentadoria voluntárias, José C lementino tem uma análise positiva, uma vez que estão sendo oferecidos incentivos financeiros aos servidores, além de benefícios como manutenção do atendimento médico pela Cassi (o plano de saúde dos funcionários do BB).

O Banco do Brasil não informa o tamanho da clientela no Estado, mas ela é seguramente uma das maiores entre as instituições financeiras, com uma carteira superior a cem mil contas. Só de servidores públicos estaduais são 62 mil contas. Soma-se a isso todas as contas de servidores federais e o universo dos produtores rurais, que são clientes antigos da instituição, que é o agente financeiro oficial do programa de financiamento agrícola no País.

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