O presidente do BB (Banco do Brasil), Antonio Francisco de Lima Neto, anunciou nesta segunda-feira ( 7 de maio), um conjunto de ações de reestruturação operacional que inclui um novo plano de demissão e aposentadorias voluntárias na instituição financeira que, em Mato Grosso do Sul, detém as contas dos servidores públicos estaduais e do governo do Estado. Segundo o presidente anunciou, são medidas para permitir um aumento de eficiência e ganho de escala da instituição financeira.

"Nossa premissa com as medidas é racionalizar e aperfeiçoar o banco dentro do cenário de competição", afirmou Lima Neto, à Agência Estado. De acordo com o anúncio feito por ele, haverá inicialmente uma centralização das operações de suporte em atividades de logística e apoio negocial.

A Contrad (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) critica as medidas do BB e informa que vai pedir nos próximos dias audiências nos Ministérios do Planejamento, Trabalho, Fazenda e Ministério Público do Trabalho para tentar impedir a diretoria do banco de implementar as mudanças.

A estimativa da diretoria do BB é que as medidas vão afetar um universo de 1.196 funcionários. Desses, 366 trabalhadores poderão deixar a instituição por adesão aos programas de demissão e aposentadoria voluntários que estão sendo lançados.

O banco estima que as medidas proporcionarão uma economia de R$ 350 milhões por ano e começarão a impactar o resultado da instituição a partir do ano que vem.

Centralização - O BB tem 24 Núcleos de Apoio aos Negócios de Crédito e 19 Gerências Regionais de Logística espalhados pelo País, que serão centralizados em apenas cinco Centros de Suporte Operacional que ficarão localizados em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Recife.

Além dessa medida, foi anunciada a pretensão de implantar um novo modelo de relacionamento com clientes dos segmentos de pessoas físicas, agroempresários e micro e pequenas empresas. A intenção é criar mais cargos de gerente de contas "Isso vai aumentar o nosso contato com os clientes". O banco ainda vai reforçar a estrutura de 415 agências da instituição consideradas de pequeno porte hoje.

A Contrad (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) critica as medidas do BB e informa que vai pedir nos próximos dias audiências nos Ministérios do Planejamento, Trabalho, Fazenda e Ministério Público do Trabalho para tentar impedir a diretoria do banco de implementar as mudanças. (Com informações da Agência Estado)