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Basquetei: jogadora quer a medalha de bronze

Comitê Olímpico Brasileiro - 27 de agosto de 2004 - 16:12

ATENAS - A pivô da Seleção Brasileira de basquete feminino do Brasil Alessandra estava inconsolável após a derrota para a Austrália nesta sexta-feira, dia 27, que deixou o Brasil fora disputa do ouro olímpico em Atenas. "Pecamos muito no ataque, não teve bola de três pontos. Assim fica difícil, principalmente para mim", disse Alessandra, que não conseguiu conter o choro, e recebeu um forte abraço da australiana Lauren Jackson após o jogo.

A jogadora se sentiu sobrecarregada pelo excesso de jogadas concentradas nela no garrafão. "A cada dia que passa fica mais difícil jogar, sou conhecida no exterior", dise a pivô, que reclamou da falta de ousadia do time nos arremessos de três pontos e pediu uma mudança de atitude contra a Rússia, na disputa pelo bronze. "Amanhã (sábado) temos que arriscar no chute. Não interessa se vamos errar."

A ala/armadora Helen explicou que a concentração de jogadas com Alessandra fazia parte de uma estratégia destinada a provocar muitas faltas cometidas por Jackson, a melhor jogadora
da Austrália, que marcou a pivô brasileira. "Queríamos mesmo sobrecarregar a Lauren para tirá-la do jogo. O problema é que nossas bolas não caíram", lamentou Helen, que tentava se conformar com a disputa do terceiro lugar. "Agora é pensar positivo. É sempre bom sair com uma medalha dos Jogos Olímpicos."

O técnico da equipe, Antônio Carlos Barbosa, elogiou a Seleção da Austrália, sobretudo pelo aproveitamento "maravilhoso" nos arremessos de três pontos, 42%, contra 29% do Brasil. "A Lauren Jackson teve um aproveitamento fantástico, acertou 5 das 8 bolas de três pontos", observou. Além de cestinha do jogo, com 26 pontos, Jackson foi também a melhor reboteira: 13.

Todos concordam que o confronto com a Rússia de sábado, às 14h (8h de Brasília), será muito difícil.
Na primeira fase do torneio olímpico de Atenas a Rússia derrotou o Brasil por 77 a 62. "O técnico delas é um dos melhores do mundo e sabe jogar contra a gente. Temos que ter garra, coração. Vamos para cima para abocanhar a medalha", disse Alessandra, que ainda lembrou um fator adicional de disputa. "Elas virão com raiva, porque em Sydney nós as tiramos da zona de medalha ao ganharmos delas nas quartas."

Para Barbosa, vai ser um jogo "dificílimo". "Mas vai ser diferente, pois elas não jogam com as pivôs para o arremesso, como as australianas, mas dentro do garrafão. É um time mais alto, mas mais fácil de defender, pois não são tão rápidas", disse o técnico, que buscava se conformar com a derrota desta sexta-feira dizendo que a primeira motivação era o Brasil ficar entre as quatro melhores equipes.

Mauro Rodrigues, da Assessoria de Imprensa do COB
Textual em Atenas

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