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Banqueiros aceitam discutir reivindicações dos bancários

Lana Cristina/ABr - 21 de setembro de 2004 - 07:38

Brasília – A greve nacional dos bancários entra em seu sétimo dia nesta terça-feira, dia 21, com o reestabelecimento da negociação com os banqueiros. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) respondeu à solicitação da Confederação Nacional dos Bancários (CNB), feita na última sexta-feira, e aceitou dialogar novamente. O encontro ocorrerá à tarde. Os banqueiros, no entanto, avisaram que não aceitam mudar a proposta fechada no dia 8 passado, de reajuste de 8,5% mais R$ 30 para funcionários com salário de até R$ 1.500.

A greve já conta com uma adesão superior aos 200 mil bancários, segundo estimativas da CNB. Além de 18 capitais, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, a paralisação poderá chegar aos estados de Alagoas, Piauí, Espírito Santo e Sergipe. Os novos números só serão divulgados no período da tarde desta terça-feira, depois que a CNB contabilizar as agências que estiverem fechadas ou funcionando parcialmente. As assembléias ocorrem ainda em várias cidades de Santa Catarina, Bahia, Paraná e Minas Gerais.

Os funcionários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil são os que mais aderiram à greve. Em São Paulo, há 340 agências com o atendimento ao público suspenso. Em Brasília, são 180 agências fechadas, segundo o assessor político do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, César Araújo. Dessas, 130 são do BB e CEF. O restante são agências do Unibanco, HSBC, Real, Itaú e Santander. Em assembléia realizada no final da tarde desta segunda-feira, os bancários de Brasília decidiram pela continuidade do movimento por tempo indeterminado.

Os bancários pedem 17,68% de aumento real, ou seja, descontada a inflação, e participação nos lucros e resultados de um salário de mais de R$ 1.200. Está na pauta de negociação também a redução da jornada de trabalho e isonomia para os novos funcionários da CEF e do BB.

O governo vai acompanhar o movimento a distância, segundo o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, a menos que considere necessário diante da possibilidade de haver prejuízo para o cidadão. "Estamos acompanhando a greve dentro daquele princípio que nós sempre defendemos, a relação capital e trabalho deve ter a menor interferência possível por parte das autoridades do poder Executivo e do poder Judiciário", disse o ministro.

Na avaliação de Berzoini, há maturidade de ambas as partes, bancários e empregadores, para estabelecer a negociação. "Há uma participação avançada e consciente de ambas as partes, que mantiveram amplo diálogo antes do início da greve. A proposta apresentada recompõe a inflação e apresenta algum ganho real, mas cabe essencialmente à categoria, decidir, em assembléia, se isso é suficiente ou não. E mobilizar seus recursos para isso", observou.

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