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Bancos cooperativos poderão captar poupança rural

Mapa Imprensa - 30 de março de 2004 - 07:56

Os bancos cooperativos vão poder captar poupança para aplicar no setor rural, anunciou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues. A autorização foi aprovada na reunião de ontem (29/03) do Conselho Monetário Nacional (CMN). O sistema bancário cooperativo começará a realizar essas operações seis meses após o início da captação e deverá destinar 65% desse volume ao crédito agrícola. O CMN também aumentou em R$ 250 milhões os recursos para investimentos, até de 30 de junho próximo, por intermédio do Moderfrota (programa de aquisição de máquinas e implementos agrícolas). Além disso, Finame Agrícola Especial recebeu um acréscimo de R$ 500 milhões.

De acordo com o ministro, o governo dispõe de R$ 1,53 bilhão para os financiamentos do Moderfrota e do Finame Agrícola Especial. Nesse total, estão incluídos os R$ 750 milhões anunciados hoje mais recursos que ainda não haviam sido aplicados nessas duas linhas de financimanto.

Rodrigues lembrou que a incorporação dos bancos cooperativos à poupança é uma antiga reivindicação do setor. Para a próxima safra, estima o ministro, essas instituições devem captar cerca de R$ 1 bilhão. Hoje, o país tem dois bancos, o Bancoob e o Bansicred, que trabalham com cerca de 70% do sistema cooperativo. O Brasil tem 1.118 cooperativas de crédito, que contam com 1,44 milhão de cooperados. Até agora, apenas o Banco do Brasil (BB), o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Banco da Amazônia S/A (Basa) operam com poupança agrícola.

“Além de atender a um velho desejo do setor, a decisão do CMN é mais uma ação de governo que reforça a prioridade dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao setor cooperativo”, destacou Rodrigues. Os outros bancos que já trabalham com a poupança rural – BB, BNB e Basa - deverão elevar de 40% para 65%, de forma escalonada, os recursos aplicados no financiamento agrícola.

MODERFROTA – Com os R$ 250 milhões aprovados pelo CMN, os recursos do Moderfrota chegam a R$ 2,25 milhões, dos quais R$ 565 milhões estão disponíveis para aplicar até 30 de junho. Os produtores com renda anual bruta até R$ 150 mil tem acesso ao Moderfrota com juro de 9,75% ao ano e oito anos de prazo. Para os agropecuaristas com faturamento acima de R$ 150 mil, a taxa é de 12,75% ao ano.

O governo também reforçou o Finame Agrícola Especial, destinado à compra de máquinas e equipamentos, inclusive para beneficiamento de algodão, de frutas, sementes, pescados, entre outros. Com essa medida, o volume total de recursos para o Finame sobe para R$ 2,65, dos quais 970 milhões estão disponíveis para o crédito até 30 de junho deste ano, com juro de 13,95% ao ano. O programa conta com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O ministro informou ainda que o CMN incluiu novos setores no Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor (Prodecoop). A partir de agora, os recursos do Prodecoop também poderão ser destinados às indústrias de processamento de ovos, de incubatórios e de matrizeiros integrados à indústria, aos frigoríficos de suínos vinculados à indústria, à modernização e realocação de plantas de beneficiamento de algodão, unidades de fiação, tecelagem e estamparia de algodão, além da ampliação e modernização de unidades de beneficiamento de sementes.

O Conselho Monetário Nacional também aprovou a destinação de mais R$ 500 milhões para o crédito rural, com juros de 8,75% ao ano. Esses recursos devem ser aplicados em custeio e comercialização. O CMN decidiu ainda aprovar outros R$ 165 milhões para agricultura familiar, com taxa de 4% ao ano. E autorizou o Banco do Brasil a liberar outros R$ 600 milhões para o crédito rural com taxas livres.

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