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Banco Rural pode executar dívida do PT em 30 dias

Agência Câmara - 13 de setembro de 2005 - 15:59

O Banco Rural pode executar, em 30 dias, empréstimo de R$ 3 milhões feito pelo PT em maio de 2003, que venceu ontem. O valor atual corrigido é de R$ 6.563.904,00. As informações foram passadas há pouco à sub-relatoria de movimentação financeira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios pela presidente do banco, Kátia Rabello. Ela destacou que só ficou sabendo do empréstimo depois de ter sido feito pelo então presidente do banco, José Augusto Dumont, que morreu em 2004.
Kátia Rabello respondeu ao sub-relator, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), que a movimentação das empresas de Marcos Valério Fernandes de Souza, um dos avalistas do empréstimo, foi suficiente como garantia. Também foram avalistas o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente da legenda José Genoino, que depõe neste momento na CPMI da Compra de Votos.

Empréstimos da SMPB
A presidente do Banco Rural lembrou que a agência de publicidade SMPB, de Marcos Valério, fez 19 empréstimos entre 2003 e 2004. Quatro desses contratos estão em processo de execução. O contrato maior, de R$ 19 milhões, tem valor ajuizado atualmente de R$ 38 milhões.
A funcionária do banco Ayanna Tenório Torres de Jesus, que auxilia a presidente no depoimento, destacou que as empresas de Marcos Valério movimentaram R$ 525 milhões em cinco anos. "Somente R$ 36 milhões foram obtidos por empréstimos", comentou. Ela destacou, portanto, que a história das empresas como clientes do banco serviu como garantia para os empréstimos.
Kátia Rabello ressalvou que só teve conhecimento de que o recurso dos empréstimos para Marcos Valério foi liberado de acordo com a orientação de Delúbio Soares depois da morte de José Augusto Dumont.

O depoimento continua na sala 19 da ala Senador Alexandre Costa, no Senado Federal.


Reportagem - Cristiane Bernardes
Edição - Francisco Brandão

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