O presidente do Banco Santander, Emilio Botín, anunciou hoje que oferecerá 1,5 mil bolsas de intercâmbio universitário para o próximo ano letivo, das quais 800 serão para estudantes e 200 para professores ibero-americanos que queiram estudar em outros países. Outras 500 bolsas serão oferecidas apenas para alunos espanhóis dentro da região ibero-americana.

As bolsas de estudos, de US$ 4 mil para estudantes e US$ 6,8 mil para professores, se unem às 4,2 mil já financiadas no ano passado pelo Santander. Botín presidiu hoje a junta geral de acionistas da rede de cooperação universitária na Internet (Universia), patrocinada pelo Grupo Santander, da qual participam mil universidades de Brasil, Espanha, Portugal, Argentina, Colômbia, Chile, México, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela.

Em conjunto, a Universia concede mais de 10 mil bolsas de estudos ao ano, o que representa um investimento de US$ 40,8 milhões.Em seu discurso, o presidente da Universia e do Santander, banco que completa 150 anos em 2007, lembrou que a produção científica espanhola alcançou níveis internacionais relevantes, mas não se destaca "ainda na disciplina da produção tecnológica", medida em patentes registradas e licenças contratadas.

Uma das causas desta situação, segundo Botín, é a "baixa cooperação" em matéria de inovação entre empresas e universidades. Botín pediu a colaboração entre administrações, empresas e universidades e o "rompimento da falta de comunicação de várias décadas entre o mundo acadêmico e o empresarial".

Botín pediu aos reitores reunidos que avancem no caminho da excelência docente e de pesquisa e da "internacionalização" das universidades. Em relação ao espaço ibero-americano do conhecimento, comentou que as universidades não podem esperar as decisões dos respectivos governos e terão de ir adiante rumo ao reconhecimento mútuo e à convalidação de créditos ou títulos dos sistemas de educação superior de cada país.



EFE