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Banco Mundial investiu mais de US$ 30 bilhões no Brasil

Agência Brasil - 06 de setembro de 2004 - 16:37

O Banco Mundial atua no Brasil desde 1949, quando repassou o primeiro empréstimo ao país, no valor de US$ 75 milhões, para a área de energia e telecomunicações. Desde então, o banco já apoiou o governo brasileiro em mais de 380 operações de crédito, no total de US$ 33 bilhões. Além dos financiamentos, o banco disponibiliza técnicos com experiência internacional para assessorar todas as fases dos projetos, desde a identificação e planificação até a avaliação final.

No final do ano passado, o Banco Mundial divulgou sua nova Estratégia de Assistência ao País (EAP) para o Brasil, que vai orientar os investimentos no país entre 2004 e 2007. A estratégia prevê a liberação de até US$ 7,5 bilhões em novos financiamentos para o Brasil nos próximos quatro anos. Os recursos serão aplicados em programas voltados para a melhoria da competitividade, do crescimento e da igualdade social.

De janeiro a agosto de 2004, a diretoria executiva do Banco Mundial já aprovou cerca de US$ 1,2 bilhão em novos financiamentos, compartilhados com diversos ministérios, para a execução de programas de crescimento econômico (505 milhões), desenvolvimento municipal (US$ 24 milhões), gestão da poluição costeira (US$ 36 milhões), vigilância e controle de doenças (US$ 100 milhões) e fortalecimento do programa Bolsa Família (US$ 572,5 milhões).

A EAP foi preparada durante o primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva e incluiu consultas aos governos federal e estaduais, setor privado, representantes de movimentos sociais e ambientais, comunidade acadêmica e agências financeiras internacionais. A participação do Banco Mundial no Brasil é limitada. Financeiramente, os investimentos anuais do banco no país são de apenas 0,4% do PIB, mas, como parcela dos investimentos públicos, representam 12%.

Em uma perspectiva de longo prazo, o banco seleciona e executa no Brasil vários programas de gestão econômica, desenvolvimento de áreas urbanas e rurais, construção de infra-estrutura e preservação dos recursos naturais. Segundo o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Vionod Thomas, o Brasil tem hoje uma oportunidade inédita para melhorar a qualidade de vida de sua população, especialmente dos pobres, de modo sustentável.

O empréstimo mais recente foi aprovado no dia 24 de agosto, e conta com a participação de sete ministérios. São US$ 505 milhões, destinados a políticas de sustentabilidade ambiental e de apoio ao crescimento econômico com desenvolvimento social e melhoria da qualidade ambiental. Esta é apenas a primeira etapa de um programa de três financiamentos que totalizam US$ 1,2 bilhão.

O empréstimo de US$ 572,2 milhões para o fortalecimento do programa Bolsa Família foi firmado em junho com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O Bolsa Família fornece transferências em dinheiro para famílias de baixa renda e deve atender 11,2 milhões de famílias (cerca de 44 milhões de pessoas) até 2006. O projeto total é de US$ 6,5 bilhões e a primeira fase do programa vai até o final de 2006.

Vários outros projetos estão em andamento no país, como o Vigisus II - US$ 600 milhões em três etapas de US$ 200 milhões cada - que visa a reduzir a mortalidade e morbidade de doenças transmissíveis e não transmissíveis; o Proágua semi-árido - US$ 198 milhões - para a reestruturação do setor de recursos hídricos nos estados do Nordeste; o Fundescola - US$ 402 milhões - para melhorar o desempenho do ensino primário público em áreas selecionadas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; o Saúde em Família (US$ 68 milhões) e o projeto de controle do HIV/AIDS e DSTs no Brasil (US$ 100 milhões), entre outros.

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