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Geral

Bancários de SP mantêm greve, apesar de decisão judicial

Andréia Araujo/ABr - 30 de setembro de 2004 - 07:19

Brasília – Em assembléia geral, os bancários de São Paulo decidiram manter e ampliar a greve que já dura 16 dias, mesmo depois do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) decidir que 60% dos funcionários devem voltar a trabalhar e manter abertas todas as agências do estado de São Paulo. A decisão foi do vice-presidente Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, juiz Pedro Teixeira Manus, acatando pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT).

O secretário-geral da Confederação Nacional dos Bancários, ligada à CUT, Carlos Cordeiro, disse que os bancários consideram a postura dos bancos de coagir os sindicalistas uma prática de abuso de greve e não a paralização que está sendo feita. "Decidimos manter a greve por que só assim a Fenaban [Federação Nacional dos Bancos] irá sentar para negociar e melhorar a proposta inicial que é de 8%", explicou o sindicalista.

A pauta de reivindicações dos bancários inclui aumento real de 17,28%, reposição salarial de 6,7%, participação nos lucros igual a um salário mais R$ 1.200 fixo, o 14º salário e redução da jornada de trabalho (de seis para cinco horas).

Segundo Cordeiro, membros da Executiva Nacional dos Bancos estarão nesta quinta-feira em Brasília para um encontro com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Vantuil Abdala. "Na reunião vamos contar todos os abusos que estamos sofrendo, principalmente em São Paulo", disse. Segundo a decisão do TST, para cada dia que os bancários descumprirem a norma vão pagar multa de R$ 200 mil. A CNB-CUT afirmou que não vai pagar a multa indicada pela justiça.

A greve paralisa as agências bancárias em 24 capitais brasileiras. A estimativa da CNB-CUT é que cerca de 200 mil funcionários estejam de braços cruzados

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