Apesar de negociações frustradas no dia de retomada de conversas com os patrões, os bancários de Campo Grande e região confirmaram em assembléia nesta noite que vão dar uma trégua de 5 dias na greve iniciada na quarta-feira da semana passada.


A decisão da categoria em Mato Grosso do Sul é diferente da anunciada em São Paulo, por exemplo, onde a paralisação continua. “Lá a adesão é menor, cerca de 15%. Aqui chegamos a fechar 70% das agências, então o impacto para a população é maior”, justifica a secretária-geral do sindicato dos bancários de Campo Grande e Região, Iaci Terezinha Azamor Torres.


Amanhã, uma nova rodada de negociações está marcada para começar às 11 horas, entre bancários e Fenaban.


Hoje, a Federação Nacional dos Bancos apresentou uma proposta que não significou avanços consideráveis, na avaliação da categoria e foi rejeitada pelo Comando Nacional de Greve, mas os estados têm autonomia para decidir se suspendem ou não a paralisação enquanto durarem as negociações.


Acordo firmado na Justiça do Trabalho, abriu prazo de cinco dias úteis para que um acordo seja fechado. Se até a próxima quinta-feira não houver uma conciliação entre bancos e fucnionários, a greve deve recomeçar em Campo grande. “Esperamos que o acordo venha logo, amanhã”, comenta Iaci.



A proposta apresentada pela Fenaban, é de 9% de reajuste para os pisos salariais, 9% de reajuste para quem ganha até R$ 1.500,00, 9% para a parcela fixa e para teto de PLR (participação nos lucros e resultados), 9% para a gratificação de caixa e 7,5% para as demais faixas salariais e para os benefícios.



A categoria reivindica aumento real de 5%, além da reposição de inflação acumulada de 7,15% entre setembro de 2007 e agosto deste ano, valorização dos pisos salariais, além do fim de práticas como estabelecimento de metas abusivas e do assédio moral.