Por unanimidade de votos, o 1º Tribunal do Júri de Goiânia, presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, absolveu ontem (26) o balconista Cristiano Vieira Mesquita Mariano, de 30 anos, da acusação de tentativa de homicídio contra o funcionário público estadual José Renato de Souza, 32. Sob a alegação de que não há provas nos autos para sustentar uma possível condenação, o Ministério Público de Goiás, retificou sua tese em plenário. A defesa acompanhou os argumentos da promotoria. O crime ocorreu por volta das 7 horas de 20 de novembro de 2005, em uma casa na Rua Sidney Muller, no Conjunto Vera Cruz II, em Goiânia.

De acordo com os autos, dois dias antes do fato, um primo de José Renato o apresentou ao réu. No dia seguinte, os dois foram para uma festa, onde conheceram Janaína Nascimento Cardoso e Lorena Sara da Silva. Em seguida, os quatro decidiram ir beber na casa de Cristiano. Sem ter conhecimento de que a vítima era policial civil e que trabalhava como escrivão na Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos, Cristiano, além de beber, fez uso de drogas. Logo depois que José Renato trouxe mais bebidas, o réu começou a apresentar um comportamento estranho dizendo à vítima que sabia que ela era da polícia e que estava ali para prendê-lo.

Cristiano, segundo a denúncia, passou então a ameaçar José Renato com um revólver, bem como a Lorena, alegando que ela também era policial e que a casa estava cercada por militares. Ao conseguir segurar a vítima, o réu encostou a arma na cabeça dela e disse que a polícia poderia até matá-lo, mas antes mataria José Renato e Lorena. Relata ainda a denúncia, que o balconista e a vítima entraram em luta corporal, oportunidade em que Janaína e Lorena fugiram. José Renato conseguiu se desvencilhar de Cristiano e procurou socorro. Ouvido em juízo, Cristiano negou o crime. (Sheila Cavalcante)