Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Terça, 16 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Balança comercial tem queda de 11,9% no Estado em 2006

Campo Grande News/ Sandra Luz - 02 de janeiro de 2007 - 19:15

A balança comercial sul-mato-grossense registra queda de 11,9% entre janeiro de dezembro de 2006 fechando o ano em US$ 1 bilhão, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio. A queda é reflexo direto da crise no agronegócio e, principalmente, do foco de febre aftosa registrado em outubro de 2005 que prejudica ainda hoje as exportações de carne porque a OIE (Organização Internacional de Epizotias) ainda não decretou o Estado como zona livre da doença com vacinação.

Os dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Desenvolvimento demonstram que Mato Grosso do Sul perdeu espaço junto à participação do bolo da Balança Comercial do País, que atingiu US$ 137,4 bilhões em 2006, US$ 12,2 bilhões somente em dezembro. Do montante anual, o Estado participou com 0,73%, bem menos que os 0,97% registrados em 2005 quando o saldo da balança foi de US$ 118,3 bilhões. Ainda em 2005, o saldo da balança comercial no Estado atingiu US$ 1,1 bilhão.

O mês de dezembro é outra demonstração de perda de fôlego das exportações no Estado. Foram US$ 7 milhões exportados enquanto dezembro de 2005 teve US$ 7,1 milhões, queda de 8% quando o País registrou alta de 23,5%.

Os reflexos da crise da aftosa no Estado resultam em US$ 1 bilhão, segundo destacou o presidente do Conselho Extraordinário de Relações Nacionais e Internacionais para o Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso do Sul, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, em discurso de posse ocorrido no dia 1º de janeiro. Diariamente, explicou o secretário, as perdas são de US$ 50 milhões.

Enquanto o agronegócio e, principalmente Mato Grosso do Sul sentem a derrota da barreira sanitária, os produtos manufaturados foram a vedete da exportação em 2006. Em dezembro, as médias diárias de manufaturados, de US$ 347,0 milhões, e de semimanufaturados, de US$ 94,7 milhões, são recordes mensais, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Os produtos em destaque foram açúcar em bruto, ferro/aço, além de couros e peles os dois todos com potencial de investimento no Estado.

O quadro não foi diferente durante o ano, com destaque para manufaturados e semimanufaturados. Comparado com 2005, as exportações de manufaturados somaram US$ 74,699 bilhões, com aumento de 15,6%, pela média diária. Os produtos básicos registraram vendas de US$ 40,272 bilhões, com crescimento de 16,9%, e os semimanufaturados, US$ 19,520 bilhões, com aumento de 23,3%. A maior contribuição foi dada pelos produtos manufaturados, que cresceu US$ 9,555 bilhões, correspondendo a 50% do crescimento ocorrido no período, de US$ 19,163 bilhões.

Agora, a recuperação do Estado, que perdeu inclusive o título de maior rebanho bovino no ano passado, depende de trabalho no setor de sanidade e promoção dos produtos no exterior.

SIGA-NOS NO Google News