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Baixo preço da soja reduz lucro de produtores

Afonso Benites/Campo Grande News - 04 de janeiro de 2005 - 06:54

A baixa cotação da soja pode fazer que a produção de Mato Grosso do Sul seja menos lucrativa que anos anteriores, apesar do aumento de cerca de 65% da área plantada. Os especialistas acreditam que para não ter tanto prejuízo os produtores do Estado devem reduzir os gastos com insumos e investir na prevenção.
“A margem de lucro está pequena. Por isso o produtor tem que se aliar com os técnicos e tentar prevenir desde agora, para que não tenham que combater futuros problemas com fungos”, alerta o supervisor de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Gessi Ceccon.
Atualmente, a soja está cotada em média R$ 30 a saca de 60 kg no Estado. No ano passado, o produto chegou a valer R$ 50 a saca.”O segredo é racionalizar os insumos”, avisa o pesquisador.
O mesmo problema é encontrado no Mato Grosso. Em entrevista ao site de notícias Mídia News, o secretário do Sindicato Rural de Sorriso, Rubens Nardi, acredita que o ano para os agricultores não será animador. “A expectativa é a pior possível”, revela.
Conforme ele, o problema está no mercado internacional e nos custos de produção. O resultado desta equação é a queda no preço da soja e um rendimento menor no bolso do agricultor. Em Sorriso (MT), maior produtor nacional de soja, a saca de 60kg estava sendo vendida em maio do ano passado a R$ 45 e fechou o ano em R$ 25.
O problema, conforme o sindicalista, é a grande quantidade de soja estocada em armazéns. No mundo inteiro se produz 225 milhões de toneladas de soja para um consumo de 210 milhões de toneladas. Ou seja, estão estocados nos armazéns mundiais cerca de 40 milhões de toneladas que não têm para quem vender.
Outro fator que influencia a queda de preços no país é que os Estados Unidos preparam uma super safra de 85 milhões de toneladas contra 65 milhões da última colheita. O Brasil, segundo no ranking, também vai ter aumento na produção chegando a 60 milhões de toneladas contra 51 milhões da safra anterior.

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